‘Pipoca do Trenzinho’: com 75 anos de história em duas gerações, pipoqueiro já prepara filho para manter tradição no Parque Halfeld

31 maio 2023
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Conheça a história do Pepê, que começou a estourar pipoca aos 7 anos de idade junto do pai. Gilsimar Cláudio considera os clientes como família e quer o filho de 17 anos siga os seus passos. Pipoca do Trenzinho, tradição que se mantém há 75 anos no Parque Halfeld

Reprodução/TV Integração

Pipoca com queijinho é um dos costumes mais tradicionais da Juiz de Fora que completa 173 anos nesta quarta-feira (31). E quem passa pelo Parque Halfeld já conhece o famoso 'trenzinho do Pepê', que já faz parte do cenário central e, inclusive, é ponto de referência para vários encontros. Afinal, já são 75 anos no mesmo lugar, uma tradição mantida por gerações e movida pelo amor, além do sabor.

O dono do carrinho é Gilsimar Cláudio, a segunda geração de pipoqueiros da família Loures, que começou a estourar pipoca aos 7 anos de idade junto do pai Nelson, que se tornou ambulante para poder sustentar a família depois de uma aposentadoria por invalidez.

"Começamos em 1947 com meu pai. Ele que foi o organizador, junto com um amigo, do queijinho. Aqui em Juiz de Fora o queijinho é tradicional e estamos aqui até hoje", contou.

E Pepê pretende manter a tradição, com o filho João Victor, de 17 anos, que já está aprendendo o ofício.

“Todo mundo fala que tem uma tradição muito grande a cidade. Meu avô começou isso já tem muito tempo e eu estou aqui continuando essa história muito bonita na cidade", disse o adolescente e futuro pipoqueiro.

Pepê ao lado do filho João Victor

Reprodução/TV Integração

'O trenzinho da pipoca é uma família'

O Trenzinho é todo colorido, modernizado e funciona à base de eletricidade. Para Pepê, é preciso manter o sabor, mas acompanhar a modernidade.

"Uma coisa que a gente tem que aprender é acompanhar o tempo a modernidade, né? Antes era um carrinho simples, bem simples, era só pipoca e não tinha outros artigos que hoje tem. E o carrinho também. Breve breve tem novidade", prometeu.

Trenzinho da pipoca em Juiz de Fora é gerido pela família há 75 anos.

Reprodução/TV Integração

À frente de uma tradição que já dura sete décadas e meia, Pepê é só gratidão com a cidade.

"Eu tenho que agradecer muito a Juiz de Fora porque aqui que meu pai criou a família, é aqui que eu estou criando a minha família e eu só tenho a agradecer".

O agradecimento do pipoqueiro se estende também aos fregueses. Muitos viraram amigos e passaram o gosto pela pipoca com queijinho para as novas gerações.

"Aqui já tem pessoas de terceira geração, bisnetos de clientes. Eu já vi crianças e hoje estão casados, com filhos e ainda vem aqui. Eu tenho freguesa de mais de 40 anos e quando a gente não trabalha eles ficam até triste e liga pra perguntar. É uma família".

Queijinho não pode faltar

Juiz-foranos falam da paixão pelo queijinho na pipoca

Por dia, são gastos uma média de 15 a 20 quilos de milho e segundo Pepê o queijinho não pode faltar. Mas, quando questionado sobre o segredo do queijinho, ele desconversou:

"Aqui a gente usa o parmesão que deu mais certo com a pipoca. O segredo é segredo, um dia de repente a gente conta".

O cardápio também é variado: ele vende pipoca doce, salgada, queijinho, batata (naquele estilo chips) e pelinha. Todos os dias, das 15h às 23h o trenzinho está no Parque Halfeld. No inverno, a venda começa a partir das 12h.

Pipoca com queijinho, costume tradicional de Juiz de Fora

Reprodução/TV Integração

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FONTE: G1 Globo

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