Polícia Civil aguarda exames para concluir inquérito do caso de professora suspeita de medicar 14 crianças em creche de MG
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
Caso da servidora do Centro de Educação Municipal Ana Luíza, em Santa Rita de Caldas (MG), foi descoberto no dia 10 de maio. Profissional segue afastada do cargo. A Polícia Civil segue com as investigações sobre o caso da professora suspeita de medicar 14 crianças de até quatro anos em uma creche de Santa Rita de Caldas (MG). Conforme a polícia, alguns dados ainda são aguardados, assim como a finalização dos laudos periciais feitos nos alunos.
O caso ocorreu no Centro de Educação Municipal Ana Luíza e foi descoberto no dia 10 de maio. A professora segue afastada do cargo. Já se passaram quase três meses desde que o caso se tornou público. As mães das crianças reclamam de falta de informações. “A única resposta que temos é de que os laudos não estão prontos, que ainda está em investigação. Mas é constrangedor. Moramos em uma cidade pequena, onde todo mundo pergunta, saem especulações de que o laudo já saiu, mas não saiu. A resposta que temos é de que não saiu e que ainda continuam investigando”, disse Meire Oliveira Lopes, recepcionista do Pronto Socorro Municipal e mãe de uma aluna. “Não sei se ela é culpada ou não, não me cabe julgar. Porém, o que não quero para o meu filho, também não quero para o filho dos outros. Realmente fica muito preocupante porque se passaram quase três meses e as outras crianças? E se ela voltar? Provavelmente não estará na sala dos nossos filhos, mas pode estar em outras salas. Mediante a uma sociedade que é tão pequena aqui em Santa Rita de Caldas, realmente ficamos muito preocupadas”, falou a corretora de imóveis Celita Milene Fonseca, que é mãe de um estudante. Veja também: MP quer esclarecimentos sobre caso de professora suspeita de medicar 14 crianças em creche Veja o que se sabe sobre o caso da professora suspeita de medicar as crianças Polícia Civil investiga suposto caso de medicação de 14 crianças por professora em creche Mães notaram comportamento diferente de crianças após 'remédio' Conselho Tutelar notifica MP sobre caso de professora suspeita de medicar alunos em creche Professora é suspeita de medicar 14 crianças em creche de Santa Rita de Caldas (MG) Reprodução/EPTV Conforme a Polícia Civil, devido à complexidade do caso, o inquérito ainda não foi concluído e são aguardados dados e também a finalização dos laudos periciais feitos nos alunos. O prefeito informou que a servidora já estava em processo de saída antes mesmo do fato acontecer. Ele destacou, ainda, que ela não deve retornar mais pra creche. “Ela permanece afastada até o fim das investigações. Caso essa exoneração saia antes da conclusão desse outro inquérito, ela não vai mais integrar o quadro da prefeitura, o que é para todos os funcionários [que aguardam] e não só a ela. E uma vez finalizado o outro processo, caso ela tenha sido exonerada, perde o objeto. Mas vamos fazer a conclusão e caso seja positivo tomaremos as medidas cabíveis”, falou o prefeito Emílio Torriani de Carvalho Oliveira (PSD). O advogado Tiago José do Carmo, que compõe a defesa da professora, informou por telefone à EPTV, afiliada TV Globo, que, depois do prazo de 120 dias de afastamento, que vencerá em setembro, ele vai tomar medidas judiciais para que ela possa retornar ao trabalho. Já o Ministério Público confirmou que recebeu o ofício do Conselho Tutelar sobre o caso e que abriu um procedimento administrativo. O MP disse que também aguarda os laudos periciais dos exames das crianças e a conclusão do inquérito policial para dar andamento ao processo. O caso Uma professora é suspeita de medicar indevidamente 14 crianças de até quatro anos em uma creche de Santa Rita de Caldas. A suspeita é que algum tipo de antialérgico, que tem como feito colateral a sonolência, foi dado aos alunos. O caso está em investigação pela Polícia Civil e foi notificado ao Ministério Público pelo Conselho Tutelar. Um processo de sindicância administrativa foi aberto pela prefeitura. As mães dizem ter notado comportamentos diferente nos filhos. Conforme a polícia, elas suspeitaram que as crianças foram intoxicadas depois que uma delas contou que a professora teria dado um remédio. As mães trocaram informações em um aplicativo de mensagens e outras crianças repetiram a informação para elas. A Prefeitura de Santa Rita de Caldas afastou a professora do cargo após o ocorrido. Conforme o prefeito. Segundo o prefeito, a profissional preparou um composto com água, açúcar e 'hidrafix' - uma espécie de um soro - e deu uma colher para cada criança. Amostras de urina das crianças foram coletadas em Poços de Caldas e encaminhadas para análise toxicológica em Belo Horizonte. Veja mais notícias da região no g1 Sul de MinasFONTE: G1 Globo