Polícia muda investigação sobre morte de entregador em Uberlândia
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Um vídeo encontrado no celular de um homem morto mudou os rumos de um caso policial, que passou de uma morte natural para assassinato, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Já há um suspeito preso e mais um identificado. O entregador Roberto Alves Bueno Júnior, de 53 anos, foi agredido e deixado no chão da própria casa até a morte. Ele gravou a ação com o smartphone.
O crime aconteceu na última quinta-feira (3/8), quando chegava em sua residência no bairro Tibery, zona leste da cidade. Roberto encontrou dois homens na porta do imóvel. Não se sabe como, mas eles invadiram o local, que é uma colônia de casas. Ambos cobravam a devolução de uma moto alugada.
A vítima contestou uma suposta dívida enquanto os homens diziam que a moto seria levada. No vídeo que mostra a agressão, os agressores dizem: “passa a moto” e também “a gente trabalha na empresa, tem ordem para recolher ela (a motocicleta)”.
Uma briga é iniciada quando, aparentemente, os invasores tentam tomar o veículo. É possível perceber quando o entregador é agredido, grita de dor e parece cair. Os homens ainda dizem que ele tentou dar um soco.
Antes de saírem com a moto da casa, dizem: “segura ele aí” e “puxa essa moto aqui”. Minutos à frente, há um suspiro que parece ser o último da vítima.
Depois de dias sem ver o pai, um dos filhos foi até a casa e o encontrou morto. Inicialmente, o caso foi dado com morte natural, inclusive com registro policial a partir de perícia, reiterando a suspeita.
Entretanto, ao ter acesso à galeria do celular do pai, os familiares descobriram uma longa gravação que mostrava o pai sendo morto.
A Polícia Militar, horas depois, conseguiu prender um dos suspeitos. O outro homem visto na gravação foi identificado, mas ainda está solto. Existe ainda a suspeita de que um terceiro envolvido, que não entrou na casa, acompanhava os outros dois agressores.
Os homens seriam funcionários ou prestavam serviço para uma empresa de aluguel de motos na cidade, que não se pronunciou a respeito do caso. Houve, inclusive, protesto de motociclistas na porta da firma.
Um segundo registro policial foi feito e o caso agora está sob investigação da Polícia Civil.
FONTE: Estado de Minas