Policial que atirou contra vigilante segue preso em unidade da PM
Aldir Gonçalves Ramos, de 41 anos, cabo da Polícia Militar, que disparou um tiro na cabeça do vigilante e motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 41 anos, dentro da base da Guarda Municipal, na Avenida Otacílio Negrão de Lima, na Pampulha, segue preso numa unidade da PM, aguardando a audiência de custódia, que ainda não foi marcada.
O crime ocorreu na tarde de sábado, na orla da Lagoa da Pampulha, quando Bruno dirigia um Sandero, e teria, sem querer, dado uma fechada na motocicleta de Aldir, que nervoso começou a discutir com o motorista, que estava indo para jogar uma pelada, com amigos.
Ao chegar à praça da Igrejinha da Pampulha, o policial parou a motocicleta e, com uma pedra, passou a dar golpes na lataria do Sandero. O vigilante se irritou e partiu para cima do policial.
Os dois se atracaram e em dado momento, Aldir tentou sacar o revólver, sendo contido pelo vigilante, que conseguiu tomar a arma e atirou-a num canteiro de flores.
Logo em seguida, o vigilante correu para a base da Guarda Municipal, para se abrigar, mas o militar recuperou sua arma e foi atrás, entrou na base e atirou contra a cabeça do vigilante. O policial foi indiciado por tentativa de homicídio.
Baleado na cabeça, Bruno foi socorrido e levado para o Hospital do Pronto Socorro João XXIII, onde passou por uma cirurgia que durou 10 horas e meia. O hospital não informa sobre o quadro de saúde do paciente.
Familiares, no entanto, dizem que Bruno perdeu um olho e que existe a possibilidade de sequelas graves, uma vez que parte de seu cérebro foi destruído.
Nota
A Polícia Militar divulgou, nesta segunda-feira (2/10), uma nota oficial, que diz: “A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclarece que o policial militar da ativa, de folga e à paisana, envolvido no REDS nº 2023-045849646-001, foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil, por tratar-se de crime comum e não militar. Após ratificação da prisão em flagrante pelo crime de lesão corporal, o militar segue preso em uma unidade da corporação. A PMMG informa, ainda, que a Corregedoria da instituição acompanha o caso.”
O caso é investigado pela Polícia Civil, que deverá indiciar o militar por tentativa de homicídio. Até que aconteça a audiência de custódia, ele permanecerá detido na Polícia Militar, mas poderá, posteriormente, ir para um presídio.
FONTE: Estado de Minas