Ponto de ônibus florido e ecológico chama a atenção na região da Pampulha
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Um ponto de ônibus localizado em frente ao shopping ViaBrasil Pampulha, no Bairro Santa Branca, chama a atenção de quem espera pelo transporte público, e também chamou a atenção da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) de Belo Horizonte. O abrigo ecológico é o primeiro da capital, com uma planta trepadeira florida da espécie Tumbérgia.
Uma das idealizadoras do projeto, Lais Rosa Leite, diretora técnica operacional na Ecominas Meio Ambiente e Urbanismo, empresa que realiza o licenciamento ambiental de obras em espaços públicos em BH, conta sobre o objetivo do projeto. Ela explica que vai além da estética, trata-se de “tornar o ambiente um pouco menos árido o ambiente urbano", diz.
A espécie Tumbérgia foi a escolhida para ornar o local, porque a planta apresenta um crescimento rápido, baixo custo, com flores bonitas e que atraem animais polinizadores, que ajudam a espalhar a vegetação. “Precisávamos de uma planta que crescesse com o menor tempo possível”, justifica Lais.
A vegetação recebe água por meio de um sistema auto irrigável, integrado ao sistema de irrigação que já existia no shopping, que tem canteiros na frente das lojas que ficam de frente para a rua. O sistema tem um timer que ativa o recebimento de água: “diariamente é feita a irrigação do solo”, diz a diretora técnica da Ecominas.
Adesão de quem usa o transporte público
O ponto de ônibus florido, para quem pega o transporte público no local, cumpre os objetivos de quem idealizou o projeto. Para Fabrício Rodrigues Vital, de 39 anos, a iniciativa é “bacana” e o ponto “ficou bem bonito”, mas vai além disso. “Na questão dos outros respirarem, até ajuda”, ele conta.
Na opinião de Nair Pereira de Jesus, de 67 anos, reproduzir a ideia por outros pontos da capital “vale a pena”, e “vai ficar bonito”. O que mais chamou a atenção dela, foram as flores. “Tá lindo, com um monte de florzinha. Se olhar ali atrás, tá cheio de florzinha linda”, ela opina.
Ireni Maria, de 76 anos, discorda dos demais. Na opinião dela, a cerca de trepadeiras bloqueia a luminosidade no local e impede que quem está na frente, esperando o ônibus, enxergue quem está atrás do ponto, na calçada. “Quem está aqui, não vê quem está atrás. Se a pessoa quiser seguir o outro, é perigoso”, explica Ireni.
O futuro dos abrigos ecológicos
Depois de setembro, o abrigo ecológico pode deixar de ser o único em Belo Horizonte. A gerente de ações para sustentabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Sônia Knauer, conta que o órgão tem planos de espalhar pela cidade refúgios térmicos, e o primeiro deve ser localizado na Região do Centro, na rua dos Carijós. Por enquanto, o plano “ainda é um embrião”, diz Sônia.
Os requisitos para que um ponto de ônibus seja um refúgio térmico são bancos, água, fornecida por um bebedouro, e sombra, “preferencialmente de uma árvore”, ela explica. Além disso, o refúgio deve trazer grama e vegetação para enfeitar o local.
Com o objetivo de tornar o ambiente mais seguro, o ponto deve ter, ainda, um botão de pânico, para que seja acionado em casos de assédio sexual ou perigo semelhante.
*Estagiária com supervisão do subeditor Diogo Finelli.
FONTE: Estado de Minas