Premiê britânico nega estar ‘diminuindo esforços’ contra mudanças climáticas

21 set 2023
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O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou, nesta quinta-feira (21), que seu governo não está "diminuindo esforços" na luta contra as mudanças climáticas, um dia após o anúncio do adiamento de várias medidas emblemáticas no tema.

Na quarta-feira, o líder conservador anunciou a proibição de novos carros movidos a gasolina e diesel, que agora terão a venda proibida em 2035 e não em 2030.

Outro anúncio foi a flexibilização das condições para a eliminação gradual das caldeiras a gás a partir de 2035, para "dar mais tempo", segundo ele, aos britânicos afetados pelo alto custo de vida.

"Não estamos absolutamente diminuindo nossos esforços para combater o aquecimento global", afirmou Sunak à BBC.

Em uma visita de Estado à França, o rei Charles III defendeu, horas mais tarde, no Senado francês, uma nova "Entente" com o Reino Unido para responder "de forma mais eficaz" à "emergência global na questão do clima e biodiversidade".

Os anúncios de Sunak foram denunciados como eleitoreiros por alguns e reprovados pelo setor econômico, incluindo parte de seu próprio partido. Já a imprensa britânica, majoritariamente conservadora, recebeu a notícia de forma positiva.

O diretor-geral do Comitê sobre as Mudanças Climáticas, Chris Stark, classificou como "irreal" acreditar que o Reino Unido possa cumprir seu objetivo de neutralidade em 2050 com as medidas anunciadas. Sunak, entretanto, garantiu ter confiança "absoluta" nesta nova política.

O governo "tem a responsabilidade de garantir que contamos com as medidas e as propostas que nos permitam cumprir todas as nossas obrigações internacionais e nacionais, e temos confiança absoluta" de que "as alcançaremos", afirmou o premiê.

O grupo Just Stop Oil, que defende o fim de novos projetos de exploração de petróleo e gás, acusou Sunak de ser um "mentiroso", após ter anunciado recentemente uma série de novos licenciamentos para a exploração destes combustíveis fósseis e de iludir os britânicos a aceitarem "um futuro de sofrimento".


FONTE: Estado de Minas


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