Presidente do Irã chega à Nicarágua para falar com Ortega
O presidente de Irã, Ebrahim Raisi, chegou à Nicarágua nesta terça-feira (13) para se reunir com seu colega nicaraguense, Daniel Ortega, com quem busca fortalecer os laços binacionais, informaram mídias governamentais.
Raisi, que viaja acompanhado de uma ampla delegação, foi recebido durante a tarde no aeroporto Augusto C. Sandino de Manágua pelo chanceler nicaraguense, Denis Moncada, segundo os veículos de informação.
Antes, a vice-presidente, porta-voz do governo e também esposa de Ortega, Rosario Murillo, indicou à imprensa estatal que Raisi tem na agenda "um programa amplo de reuniões" no país da América Central.
Na segunda-feira, o líder iraniano iniciou sua primeira visita à América Latina com uma parada na Venezuela. O giro continuou hoje na Nicarágua e, amanhã, ele viaja a Cuba para concluir a vista aos países considerados "amigos".
Em Caracas, Raisi e o presidente venezuelano Nicolás Maduro firmaram 25 acordos para fortalecer a cooperação entre Irã e Venezuela, dois países que são alvos de sanções dos Estados Unidos.
Raisi é o segundo presidente iraniano a visitar a Nicarágua depois de Mahmoud Ahmadinejad, que viajou ao país em 2007 e 2012 para se reunir com Ortega como parte da aproximação dos laços entre Teerã e Manágua.
Em fevereiro deste ano, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, esteve em Manágua, onde afirmou que a República Islâmica e o país centro-americano têm "muitas similitudes" e que ambos estavam finalizando mecanismos para impulsionar acordos bilaterais em áreas como saúde, cultura, ciência e política.
Durante a visita do chanceler iraniano, Ortega, que já defendeu o uso por parte de Teerã da energia nuclear com fins pacíficos, questionou a autoridade moral dos países do Ocidente para restringir o direito do Irã a adquirir armas nucleares.
Na América Latina, o Irã mantém laços políticos estreitos com Venezuela, Cuba e Nicarágua, mas também possui relações diplomáticas e comerciais com outros países da região.
FONTE: Estado de Minas