Presidente palestino promete reconstruir campo de refugiados em Jenin
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, prometeu nesta quarta-feira (12) reconstruir o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, que foi alvo de uma operação militar no início de julho, durante sua primeira visita à região em mais de 10 anos.
O campo de Jenin é um "ícone da resistência, da luta e desafio", afirmou Abbas em um breve discurso, aclamado por seus simpatizantes.
Nos dias 3 e 4 de julho, a cidade de Jenin e o campo de refugiados adjacente foram cenários de uma grande operação do exército israelense, a mais importante em muitos anos neste território ocupado por Israel desde 1967.
Doze palestinos e um soldado israelense morreram na incursão, que mobilizou centenas de soldados, drones e escavadeiras do exército israelense: várias ruas, casas e escolas foram destruídas.
"Nosso Estado permanecerá unido (...) e enfrentaremos quem ameaçar sua unidade e segurança", acrescentou o presidente palestino.
"Estamos trabalhando em uma reconstrução imediata, para que o país volte a ser o que era ou ainda melhor", disse.
Vários países árabes anunciaram ajudas para o campo de Jenin após a operação israelense.
A visita "é uma mensagem forte e importante que significa que está ao lado do povo palestino em sua resistência à ocupação", declarou à AFP Abu Rumaila, secretário-geral do Fatah, o partido de Mahmud Abbas,.
A visita anterior de Abbas ao campo de refugiados aconteceu em 2004, quando ele era candidato à eleição presidencial, após a morte do emblemático líder palestino Yasser Arafat.
Abbas esteve em Jenin em 2012, mas não visitou o campo, que escapou gradualmente do controle das forças de segurança da Autoridade Palestina em benefício dos grupos armados locais.
Fundado em 1953, o campo de refugiados abriga quase 18.000 dos 760.000 palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas casas quando o Estado de Israel foi criado em 1948.
Com o tempo, as barracas foram sendo substituídas por casas e o local hoje se parece com um bairro da cidade de Jenin.
FONTE: Estado de Minas