Principais datas das relações entre Rússia e China

20 mar 2023
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Embora as relações entre Pequim e Moscou tenham sido tumultuadas durante a Guerra Fria, os dois países se aproximaram nas últimas décadas para fazer uma frente comum aos Estados Unidos e desenvolver sua cooperação econômica.

Confira abaixo as datas mais marcantes nas relações sino-russas desde 1950:

- Aliados durante a Guerra da Coreia -

Após a Segunda Guerra Mundial, China e União Soviética assinaram, em fevereiro de 1950, um tratado de "amizade, aliança e assistência mútua".

Durante a Guerra da Coreia (1950-1953), as forças chinesas lutaram ao lado do Norte, apoiadas pela União Soviética, contra as tropas da coalizão internacional, principalmente americanas, aliadas do Sul.

- Revolta em 1960 -

A China de Mao Tsé-Tung rompe, no entanto, com a URSS de Nikita Khrushchev, devido ao "relatório secreto" do sucessor de Stalin em 1956, condenando o culto à personalidade e os crimes de Stalin.

A ruptura ideológica e estratégica se concretiza em abril de 1960, depois que Khrushchev anulou um acordo nuclear bilateral.

Em julho de 1963, incidentes na fronteira, divergências sobre a crise cubana e o conflito sino-indiano levaram os partidos comunistas chinês e soviético a romperem seus contatos.

Em agosto de 1963, Pequim denunciou o Tratado de Moscou entre Estados Unidos, Grã-Bretanha e URSS sobre a proibição parcial de testes nucleares.

- Disputas fronteiriças em 1969 -

Em novembro de 1965, a China desencadeia a Revolução Cultural "antirrevisionista", que critica o "hegemonismo soviético".

Em 1969, um contencioso pelo traçado da parte oriental de sua fronteira, ao longo do rio Amur, sobre a jurisdição da ilha de Damanski, termina em confrontos armados que deixaram várias centenas de mortos.

Dez anos depois, a China anula o tratado de aliança com a URSS de 1950.

As negociações para normalizar as relações são congeladas em janeiro de 1980, após a invasão do Afeganistão pela URSS.

- Normalização em 1989 -

Passadas três décadas, uma cúpula entre Deng Xiaoping e Mikhail Gorbachev em Pequim, em maio de 1989, sela a normalização das relações bilaterais.

Pequim e Moscou se comprometem, em dezembro de 1992, a não aderir a uma aliança político-militar dirigida contra a outra parte.

Em setembro de 1994, os dois países encerram o confronto nuclear e aceitam retirar seus respectivos mísseis.

- Parceiros frente aos EUA em 1996 -

Em abril de 1996, em Pequim, o presidente Jiang Zemin e seu homólogo russo, Boris Yeltsin, estabelecem uma "parceria estratégica para o século XXI" para contrabalançar o domínio internacional dos Estados Unidos.

Em 2001, em Xangai, China, Rússia e três ex-Estados soviéticos da Ásia Central (Quirguistão, Tadjiquistão e Cazaquistão) assinam um acordo de segurança que dá origem à Organização para a Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês).

- Tratado de Amizade em 2001 -

O primeiro tratado de amizade sino-russo em 50 anos é assinado no Kremlin, em julho de 2001.

Em junho de 2005, é firmado um acordo definitivo sobre o traçado da parte oriental da fronteira sino-russa, após 40 anos de negociações.

O novo presidente chinês, Xi Jinping, reserva sua primeira visita oficial estrangeira a Moscou, em 2013, quando assina cerca de 30 acordos de petróleo e gás.

- Frente comum sobre a Síria -

Durante a guerra na Síria, iniciada em 2011, Rússia e China bloquearam, repetidamente, os projetos de resolução do Conselho de Segurança da ONU para condenando o governo de Bashar al-Assad.

Pequim mostra indulgência para com Moscou, quando as forças russas assumem o controle da Crimeia em 2014.

- Maior cooperação energética -

Em 21 de maio de 2014, China e Rússia concluem um megacontrato de fornecimento de gás no valor de US$ 400 bilhões ao longo de 30 anos, após uma década de negociações.

Em dezembro de 2019 é inaugurado um gasoduto comum que transportará gás da Sibéria Oriental para a China.

Em 28 de junho de 2021, os dois países prorrogam por cinco anos seu tratado de amizade de 2001.

- Amizade "sem limites" -

No início de fevereiro de 2022, em Pequim, os líderes russo e chinês proclamam sua amizade "sem limites".

Dias depois, Vladimir Putin ataca a Ucrânia. Em setembro de 2022, em meio à crise com governos ocidentais, Xi Jinping e Putin afirmam que desejam estreitar seus laços.

Pequim não condena, nem apoia, explicitamente, a ofensiva russa, ao mesmo tempo em que dá apoio diplomático a Moscou e pede uma resolução do conflito.


FONTE: Estado de Minas


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