Principal acusada do escândalo ‘Catargate’ autorizada a tirar a tornozeleira eletrônica
A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, principal acusada no escândalo de corrupção conhecido como 'Catargate', foi autorizada a remover a tornozeleira eletrônica e encerrar a prisão domiciliar, informou à AFP uma fonte do Ministério Público da Bélgica.
A eurodeputada social-democrata grega, de 44 anos, foi detida em dezembro pela polícia belga, como parte de uma investigação em um escândalo de tráfico de influência e corrupção no Poder Legislativo europeu.
Kaili, que nega todas as acusações, estava em prisão domiciliar desde abril.
O escândalo explodiu em dezembro de 2022 quando foi revelada a existência de uma rede de distribuição de subornos a legisladores para promover os interesses do Catar e - de acordo com outras denúncias - Marrocos, embora os dois países neguem qualquer envolvimento no caso.
As investigações apontam que o ex-deputado belga Antonio Panzeri - que negociou um acordo de cooperação com as autoridades locais em troca de uma punição menor - era quem comandava a rede de distribuição e pagamento de subornos.
O caso também provocou a detenção do eurodeputado belga Marc Tarabella e do companheiro de Kaili, o assessor parlamentar italiano Francesco Georgi.
No momento da detenção das quatro pessoas, a polícia belga anunciou que confiscou 1,5 milhão de euros em espécie, uma quantia escondida em malas e bolsas.
Kaili perdeu o cargo de vice-presidente do Parlamento Europeu e, embora continue como eurodeputada, também perdeu a imunidade parlamentar para permitir o processo.
FONTE: Estado de Minas