Projeto de lei que obrigaria cardápios impressos em BH é retirado
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Na contramão com a cidade vizinha de Contagem, o vereador de Belo Horizonte, César Gordin (Solidariedade) retirou nesta semana o projeto de lei proposto por ele mesmo, obrigando os restaurantes da capital mineira a ter cardápios impressos.
A decisão foi tomada a pedido do presidente Oswaldo Junior, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), que fez uma reunião com o vereador nessa quinta-feira (25/5).
Para a retirada do projeto de lei que obrigava restaurantes de Belo Horizonte a possuírem cardápio impresso, como alternativa ao cardápio de QR Code em seus estabelecimentos, foi levada em consideração a individualidade de cada negócio, como afirmam em nota.
A Abrasel-MG explica que não há motivos para a interferência do poder público em questões de iniciativa privada, e que o vereador levou em conta as considerações feitas pela associação, retirando o projeto de lei proposto pelo próprio César Gordin.
“Nós da Abrasel-MG temos diversas parcerias com a Câmara Municipal e outros órgãos públicos, mas é importante se ater àquilo que realmente importa. Agradecemos a compreensão do César Gordin, que entendeu que bares e restaurantes não gostariam de perder seus clientes, os quais têm sempre suas opiniões levadas em consideração. Ou seja, caso algum cliente reclame sobre o cardápio, o estabelecimento prontamente vai resolver o problema; isso é algo que não necessita da interferência de nenhum órgão público”, afirma Oswaldo Junior, presidente da Abrasel em Minas Gerais.
Contagem obriga cardápio impresso
Toda essa situação vai no sentido contrário com a decisão tomada por Contagem, município vizinho de BH, que neste mês tornou obrigatório o uso de cardápio físico em bares e restaurantes da cidade.
A briga entre restaurantes e órgãos públicos não é exclusiva de Minas, dado que a Assembleia do Rio de Janeiro aprovou a disponibilização obrigatória de cardápios impressos, além de proibir o uso exclusivo do QR Code.
Uma medida similar está em tramitação neste mês de maio na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que obriga estabelecimentos de todo o estado a disponibilizar o cardápio impresso.
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* Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie.
FONTE: Estado de Minas