Proprietário do Olympique de Marselha respalda presidente do clube, alvo de protestos
Em plena crise e um dia depois da saída do técnico espanhol Marcelino, o proprietário do Olympique de Marselha, Frank McCourt, e seu presidente, Pablo Longoria, denunciaram nesta quinta-feira (21) um "sistema" baseado no "medo" ao redor do clube, pedindo ação coletiva para "uma mudança profunda".
"Em outro país, esta situação seria automaticamente denunciada. Receber ameaças é algo que não posso aceitar dizendo que 'o Olympique é assim'", declarou Longoria em uma entrevista ao jornal regional La Provence.
"O que ocorreu na segunda-feira é inadmissível", acrescentou o presidente, antes de dizer que tinha colocado seu cargo à disposição para McCourt.
Na última segunda-feira, houve uma reunião entre dirigentes do clube e representantes de torcidas organizadas, que pediam a demissão de Longoria e a saída de seus principais colaboradores na política esportiva do clube.
"Apoio firmemente Pablo Longoria", afirmou McCourt em um comunicado. Para o empresário, "a situação ocorrida na segunda-feira e que nos levou à demissão de Marcelino e sua comissão técnica é inaceitável".
A diretoria do Olympique não enviou nenhum de seus representantes a Amsterdã para o jogo desta quinta-feira contra o Ajax, pela Liga Europa.
Marcelino, amigo de Pablo Longoria, deixou o clube e o interino Jacques Abardonado vai dirigir a equipe até que seja contratado um novo treinador.
Na quarta-feira, em um comunicado no qual explicou as razões de sua saída, Marcelino condenou "as ameaças pessoais", que podem levar a "possíveis consequências sobre a integridade física e moral [dos dirigentes]".
Na entrevista, Longodia deu detalhes sobre a reunião, na qual os líderes das torcidas se expressaram de maneira "extremamente virulenta".
"Pude falar por dois minutos, depois me cortaram e tudo degringolou rapidamente. Eles nos disseram que tínhamos que sair nós quatro [o presidente Pablo Longoria, o diretor de futebol Javier Ribalta, o diretor geral Pedro Iriondo e o diretor financeiro Stéphane Tessier], se não haveria guerra", conta Longoria.
"Não tive medo, mas fiquei impactado", acrescentou o dirigente. "Há muitos interesses individuais em torno do Olympique de Marselha, em muitos aspectos. O que aconteceu na segunda-feira é consequência deste sistema. Todo esse movimento se baseia em provocar medo", denunciou.
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FONTE: Estado de Minas