Putin saiu ‘enfraquecido’ do motim do grupo Wagner, diz chanceler alemão
O presidente russo, Vladimir Putin, saiu "enfraquecido" do motim abortado do grupo paramilitar russo Wagner, disse, nesta quarta-feira (28), o chefe do governo alemão, Olaf Scholz.
A rebelião do grupo "terá consequências para a Rússia no longo prazo", disse o chanceler ao canal público ARD, embora tenha se negado a "participar de qualquer especulação sobre a duração de seu mandato, que pode ser longo ou curto, não sabemos".
"Acredito que [Putin] está enfraquecido porque mostra que as estruturas autocráticas e as estruturas de poder estão rachadas e não está posicionado tão firmemente como diz em todas as partes", acrescentou Scholz.
O grupo Wagner participa do conflito na Ucrânia.
"A Rússia é uma potência nuclear, é um país muito poderoso. Por isso, devemos sempre estar atentos a situações perigosas e esta foi uma situação perigosa", afirmou o líder alemão.
"Em qualquer caso, sem dúvida terá consequências para a Rússia no longo prazo", argumentou.
O grupo Wagner, liderado pelo empresário Yevgueni Prigozhin, considerado o braço armado de Moscou no exterior, realizou um motim armado que durou da noite de sexta-feira até a noite de sábado.
Durante 24 horas, seus homens tomaram várias instalações militares na cidade estratégica de Rostov (sudoeste) e viajaram centenas de quilômetros rumo a Moscou antes de o líder do Wagner interromper sua rebelião em troca da imunidade prometida pelo Kremlin para ele e seus homens.
Esta crise é o maior desafio que Putin, que chamou este ato de "traição", enfrentou desde que chegou ao poder, em 1999.
FONTE: Estado de Minas