Rebeldes houthis visitam Arábia Saudita para discutir sobre guerra no Iêmen
A Arábia Saudita confirmou, nesta quinta-feira (14), que receberia representantes dos rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, em uma tentativa de encontrar uma saída para a guerra no país, onde Riade lidera uma coalizão em apoio ao governo.
"O reino recebe uma delegação de negociadores representando a parte iemenita dos houthis", disse o canal de televisão oficial saudita Al Ekhbariya, acrescentando que as discussões visam "encontrar uma solução política abrangente" para a crise, negociar "um cessar-fogo total" e avançar "do conflito para a estabilidade".
Esta é a primeira visita anunciada dos rebeldes houthis à Arábia Saudita desde o início da guerra em 2014.
O encontro alimenta as esperanças de um avanço na guerra do Iêmen, que desde 2015 tem deixado centenas de milhares de mortos e deixaram o país em uma das piores crises humanitárias do mundo.
Nesta quinta-feira, um avião de Omã que transportava uma delegação houthi decolou em direção à capital saudita para uma visita de cinco dias, segundo um funcionário do governo houthi.
Mahdi al-Mashat, presidente do Conselho Político dos houthis, informou à agência de notícias Saba, controlada pelos rebeldes, que a delegação "continuará as consultas com a parte saudita".
"A paz é e continua sendo nossa primeira opção, e todos devem trabalhar para alcançá-la", acrescentou.
O Iêmen, que é o país mais pobre da península arábica, vive há oito anos uma guerra entre rebeldes houthis, que controlam a capital, Sanaa, e outras localidades do país, e o governo, apoiado por uma coligação militar liderada por Riade.
O anúncio da visita se dá em um momento em que o cessar-fogo ainda é mantido em grande parte no país, embora expire em outubro, e vários meses depois de uma relação de aproximação entre Irã e Arábia Saudita, após sete anos de rivalidades.
Uma delegação saudita visitou Sanaa em abril para participar em negociações que visavam prolongar a trégua e lançar as bases para um cessar-fogo mais duradouro.
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FONTE: Estado de Minas