Sindicato dos Roteiristas dos EUA e estúdios chegam a acordo que pode encerrar greve

25 set 2023
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Novo contrato ainda precisa ser votado pelos membros da organização. Greve começou em maio e recebeu apoio dos atores, que também estão paralisados. Meredith Stiehm, presidente do Sindicato dos Roteiristas, e Fran Drescher, presidente do Sindicato dos Atores, protestam durante greve dos roteiristas em maio de 2023, em Los Angeles

Chris Pizzello/AP Photo

O Sindicato dos Roteiristas dos Estados Unidos (WGA, na sigla em inglês) chegou a um acordo com a associação que representa os estúdios de Hollywood na noite deste domingo (24). Este pode ser o primeiro passo para encerrar a greve da categoria que teve início em maio.

"Podemos dizer, com grande orgulho, que este acordo é excepcional – com ganhos significativos e proteções para roteiristas em todos os setores de nossa filiação", afirmou o WGA em um e-mail a seus membros, segundo a revista "Variety".

"Para ser bem claro, ninguém deve retornar a trabalhar até ser especificamente autorizado pelo Sindicato. Ainda estamos em greve até lá."

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O acordo ainda precisa ser votado e aprovado pelos mais de 11 mil membros do WGA.

Desde que entrou em greve em maio, a classe recebeu apoio do Sindicato dos Atores (SAG, na sigla em inglês), que também iniciou paralisação em julho, na maior manifestação trabalhista de Hollywood desde os anos 1960.

O SAG parabenizou o WGA pelo acordo provisório, mas afirmou que continua em greve até que suas próprias negociações com a Aliança dos Produtores de Filmes e Televisão (AMPTP, na sigla em inglês) sejam satisfeitas.

"Enquanto ficamos ansiosos para conferir o acordo provisório do WGA e da AMPTP, continuamos comprometidos em atingir os termos necessários para nossos membros", afirmou o SAG, em comunicado.

"Desde o dia que a greve do WGA começou, membro do SAG-Aftra ficaram ao lado dos roteiristas nos piquetes. Continuamos nossa greve em nosso contrato de TV/cinema e continuamos a pedir para que os presidentes-executivos de estúdios e plataformas de streaming e a AMPTP retornem à mesa e façam o acordo justo que nossos membros merecem e exigem."

Exigências

Na época do início da paralisação, a categoria argumentava que os trabalhadores tiveram os salários prejudicados por causa da revolução do streaming, que resultou em temporadas de TV mais curtas e pagamentos residuais menores.

O sindicato também exigia que uma empresa contratasse um número mínimo de roteiristas para uma série por um período de tempo especificado.

Outro ponto importante era o uso de inteligência artificial (IA), com uma garantia para que os estúdios não usem o recurso para criar roteiros a partir de trabalhos anteriores, ou que os roteiristas tenham de trabalhar a partir de rascunhos criados pela tecnologia.


FONTE: G1 Globo


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