Socialista é eleito prefeito de Barcelona, com apoio de adversários
Barcelona elegeu, neste sábado (17), um prefeito socialista com o apoio surpreendente de dois partidos rivais, impedindo a vitória de um separatista catalão e fortalecendo o chefe de governo, Pedro Sánchez, a pouco mais de um mês para as eleições gerais na Espanha.
O candidato socialista à Prefeitura, Jaume Collboni, ficou em segundo lugar nas eleições locais do mês passado na segunda maior cidade da Espanha, obtendo 10 dos 41 assentos da Câmara Municipal.
Mas, horas antes da votação para eleger um novo prefeito, o partido da extrema esquerda Barcelona en Comú, da prefeita em fim de mandato Ada Colau, anunciou que seus nove membros apoiariam Collboni.
O conservador Partido Popular (PP), que tem dois assentos e é o principal opositor ao socialista Sánchez em escala nacional, tomou a mesma decisão. Com isso, Collboni obteve uma maioria apertada de 21 representantes.
Embora os socialistas e o PP sejam adversários ferrenhos, o partido conservador queria deixar longe do cargo Xavier Trias, do partido separatista catalão Junts per Catalunya.
Trias, que foi prefeito entre 2011 e 2015, era o favorito para voltar ao posto, pois seu partido foi o mais votado nas eleições de 28 de maio e contava com 11 assentos.
A eleição de Collboni foi recebida com um misto de aplausos e vaias pela multidão reunida do lado de fora da Prefeitura.
Depois de prestar juramento ao cargo, o advogado de 53 anos disse que "quer ser o prefeito de todos e todas".
O Barcelona en Comú explicou sua decisão por querer "evitar um governo do Junts que estendesse o tapete vermelho aos lobbies e aos setores favoráveis às políticas da direita".
Collboni sucederá Colau, uma ex-ativista contra os despejos e que durante seus oito anos no cargo criou ruas para pedestres e limitou a abertura de novos hotéis para tentar conter o turismo de massa na capital catalã.
A Espanha terá eleições gerais antecipadas em 23 de julho, nas quais as pesquisas de opinião apontam que Sánchez terá dificuldades para se reeleger.
O chefe de governo socialista convocou eleições depois que seu partido e seus aliados de coalizão, a legenda de extrema esquerda Podemos, foram derrotados nas eleições regionais e locais de maio.
FONTE: Estado de Minas