Streaming já responde por 99,2% do faturamento da indústria do disco e mídia física vira mimo sem força comercial
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Consumo de música em streaming responde por 99,2% do mercado fonográfico no primeiro semestre de 2023
Divulgação / Pró-Música ♪ ANÁLISE – O mercado fonográfico brasileiro cresceu 12,6% no primeiro semestre deste ano de 2023 na comparação com o mesmo período do ano anterior. E nada menos do que 99,2% das receitas da indústria do disco no período – em cifras, R$ 1,181 bilhão do tal de R$ 1,191 bilhão – vieram do consumo de música nas plataformas de streaming. Os dados divulgados hoje, 25 de setembro, pela Pró-Música Brasil – Produtores Fonográficos Associados reiteram o que já se sabe na prática. Discos – e por discos entenda-se álbuns, EP s e singles – são ouvidos em aplicativos de áudio. Grande parte dos álbuns ganha edição em LP, mas o consumo de vinil é feito em nichos. Tanto que os LPs, juntamente com os CDs, respondem somente por 0,6% do faturamento da indústria fonográfica, rendendo R$ 8 milhões (R$ 5 milhões provenientes das vendas de LPs e R$ 3 milhões do minguante comércio de CDs), sendo que o percentual restante do faturamento total do mercado – 0,2% – vem de receitas digitais como consumo de download e personalização de telefonia móvel, tendo alcançado somente R$ 2 milhões no período. Em bom português, LPs e CDs simbolizam cada vez mais mimos no mercado do disco. Os LPs ainda atraem consumidores pela arte gráfica dos discos, expostas com toda a grandiosidade nas capas e nos próprios vinis, fabricados em cores distintas, longe do vinil preto que vigorou dos anos 1950 aos anos 1990. Contudo, LPs e CDs sobrevivem no mercado apenas como mimos, incapazes de impulsionar a roda da fortuna por si só, para decepção dos saudosistas das mídias físicas. Para os nacionalistas, a boa notícia é que, apesar de a oferta de música no streaming ser cada vez mais ampla e de caráter global, nunca se ouviu tanta música produzida no Brasil nas plataformas. De acordo com o relatório da Pró-Música (entidade que desde 2016 passou a ser o nome da antiga Associação Brasileira de Produtores de Discos – ABPD), das 50 gravações mais ouvidas pelos usuários de streaming, somente uma é de música internacional. As demais são músicas de artistas brasileiros.FONTE: G1 Globo
