Submarino nuclear dos EUA faz escala na Coreia do Sul pela primeira vez em décadas
Um submarino dos Estados Unidos equipado com armas nucleares fez escala em um porto sul-coreano pela primeira vez em quatro décadas, anunciou uma autoridade da Casa Branca nesta terça-feira (18), em meio a crescentes ameaças da Coreia do Norte.
As relações entre as duas Coreias são quase inexistentes. O líder norte-coreano Kim Jong Un incentivou o desenvolvimento das armas em seu país, incluindo armas nucleares táticas.
Seul e Washington intensificaram a cooperação em defesa por meio de exercícios militares conjuntos.
Nesta terça-feira, realizaram a primeira reunião do Grupo Consultivo Nuclear (NCG) em Seul, com o objetivo de melhorar a coordenação nuclear entre os dois países aliados e reforçar a prontidão militar contra a Coreia do Norte.
"Enquanto falamos, um submarino nuclear dos EUA está chegando a Busan hoje, a primeira visita de um submarino nuclear americano em décadas", disse Kurt Campbell, coordenador do Indo-Pacífico da Casa Branca, após a reunião.
A última vez que Washington enviou um de seus submarinos nucleares para a Coreia do Sul foi em 1981.
Em abril, o governo dos Estados Unidos anunciou que enviaria um submarino capaz de lançar mísseis balísticos com ogivas nucleares na península coreana, mas não especificaram a data. O anúncio coincidiu com uma visita oficial do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol aos Estados Unidos.
"A parte americana mostrou sua firme determinação de que, caso a Coreia do Norte ataque a Coreia do Sul com armas nucleares, será recebida com contramedidas imediatas, esmagadoras e decisivas, que levarão à queda de seu regime", disse à imprensa Kim Tae-hyo, conselheiro de Segurança nNcional sul-coreano, que co-presidiu a reunião do NCG com Campbell.
Kim Yo Jong, a poderosa irmã de Kim Jong Un, disse na segunda-feira que a presença do submarino apenas "afastará mais" Pyongyang de qualquer negociação.
Segundo ela, a Coreia do Norte está "pronta para enfrentar com firmeza qualquer ato de violação de sua soberania".
FONTE: Estado de Minas