Suspeito de agredir jovem com garrafa é apontado como assassino de PM em BH
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O homem de 34 anos acusado de dar uma garrafada na cabeça de uma jovem em uma boate no bairro São Tomáz, na Região Norte de Belo Horizonte, no último domingo (15/10), foi indiciado por agressão. Além desse crime, ele também é investigado por matar um sargento da Polícia Militar depois de uma discussão de trânsito, na Avenida Flamengo, no Bairro São Bernardo, na mesma região da primeira ocorrência, na noite de terça-feira (17/10). Os dois crimes tiveram apenas dois dias de diferença.
Além do homem de 34 anos, outro de 35, que seria amigo do primeiro, também foi indiciado, mas por assédio sexual. O caso aconteceu na Central Pub, casa de shows que fica na Avenida Portugal. A vítima de agressão, Laura Ferrer, contou ao Estado de Minas que estava próxima a uma mesa, com um grupo de colegas, quando viu uma amiga discutindo com um homem. Ao se aproximar e questionar o que estava acontecendo, o homem teria dito que elas ficassem quietas, senão ele iria matá-las.
“Durante o evento, um homem tentou assediar a minha amiga abrindo a roupa dela por duas vezes. Na segunda, houve uma discussão e um segundo homem, completamente desequilibrado, entrou e começou a ir pra cima da minha amiga. Eu fui contestá-lo e ele veio pra cima de mim dizendo que ele era 'de matar', que ele matava e que ia matar”, relata Laura.
Durante a discussão, conforme consta no boletim de ocorrência, Laura teria lançado a bebida que estava em seu copo contra o homem. Em resposta, ele quebrou uma garrafa de vidro em sua cabeça. Ela conta que o ferimento foi profundo e não parava de sangrar. Em seguida, ela saiu da casa de shows e, do lado de fora, foi ameaçada mais uma vez.
“Lá fora, o mesmo homem ainda estava em um canto e tentou ameaçar jogar outra garrafa mais uma vez na minha cabeça. Todos os seguranças do local estavam próximos e vendo toda situação, mas não fizeram nada. Só na hora que alguns outros amigos saíram lá de dentro pra ir atrás do homem, ele fugiu”, conta.
Homicídio de policial
O mesmo homem que agrediu a jovem na casa de shows também é apontado por matar o sargento Wellington da Costa Barros, de 42 anos, da Polícia Militar, na noite de terça-feira. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19/10), a delegada Iara França, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que ele será indiciado por homicídio duplamente qualificado.
Segundo explicações da delegada, o homem, de 34 anos, é conhecido da polícia, com várias passagens, já tendo sido preso por violência doméstica e estelionato. Ele é integrante de uma torcida organizada do Cruzeiro. Com ele, foram presos dois homens, de 42 e 43 anos, que o abrigava na casa onde moram.
O policial estava parado num sinal, quando o agressor chegou e parou em frente a seu carro. A vítima então buzinou para ele sair. Só que, ao invés disso, o homem teria começado a xingar. Logo em seguida, ele teria ido até a porta do carro do PM, e começou a esmurrar o veículo e também chegou a agredir o policial.
A todo instante, segundo as testemunhas, o militar gritava que era policial, mas isso não impediu que o homem seguisse com as agressões. Foi quando o sargento saiu do veículo e atirou para o alto. O agressor saiu correndo e o militar foi atrás. Alguns metros à frente, alcançou o agressor. Eles entraram em luta corporal e o revólver saiu. O agressor pegou a arma e deu dois tiros no sargento.
FONTE: Estado de Minas