Suspeito de perseguir jornalista volta a ser preso em Belo Horizonte
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O homem de 42 anos, identificado como Fabiano da Silva Ferreira, suspeito de perseguir a jornalista Mônica Fonseca, que apresenta o quadro A Hora da Venenosa na Record Minas, foi preso novamente nessa quinta-feira (29/6), em Belo Horizonte, depois de descumprir determinação judicial que o impedia de se aproximar ou tentar alguma forma contato com a apresentadora.
Assinada na última terça-feira (27/6) pelo juiz Daniel Leite Chaves, da 4ª Vara Criminal da capital, a decisão atende ao pedido da promotora de Justiça Patrícia Ribeiro de Oliveira. Segundo ela, Ferreira estava enviando diversas mensagens à jornalista por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. O mandado de prisão preventiva foi expedido na quarta-feira (28/6) e cumprido ontem.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o suspeito está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira à disposição do Poder Judiciário.
Preso pela primeira vez em 21 de março, Ferreira pagou fiança e foi solto dois dias depois. Na ocasião, a juíza Juliana Miranda Pagano, da Central de Flagrantes de BH, proibiu o homem de tentar qualquer forma de contato com a vítima, devendo, portanto, manter distância de pelo menos 500 metros, usar tornozeleira eletrônica e comparecer uma vez por mês à Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ceapa). Com o descumprimento de parte das medidas cautelares, ele acabou voltando à prisão.
Entenda o caso
No início de março, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, Mônica Fonseca procurou a 1ª Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos (DEICC) para denunciar Fabiano da Silva Ferreira. À época, ela declarou às autoridades que, desde o fim do ano passado, estava sendo perseguida pelo homem nas redes sociais e em locais que costumava frequentar.
Em 21 de março, a jornalista foi novamente na delegacia para informar que havia visto o investigado ao sair do seu local de trabalho. Ele ainda deixou uma carta e uma caixa de bombons em frente a um restaurante frequentado pela vítima nas proximidades da empresa.
A correspondência direcionada à profissional, segundo a polícia, continha ameaças e assédio, como as seguintes: “de repente faço as coisas sem pensar”; “a minha cabeça não pensa mais, só te quero!”; “se quiser te pego toda”; e “agora tenho que fazer carnificina”.
Inicialmente, a Polícia Civil não conseguiu localizá-lo nos arredores. Cerca de duas horas depois, Mônica comunicou que o investigado voltou a esperá-la no trabalho. Desta vez, em novas diligências de busca, Fabiano da Silva Ferreira foi preso em flagrante, quando segurava rosas e chocolates que seriam para a vítima.
FONTE: Estado de Minas