Trump volta a se apresentar à justiça em Nova York por fraude financeira

13 abr 2023
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Donald Trump foi interrogado durante horas, nesta quinta-feira (13), em um caso aberto pelo Ministério Público de Nova York, que acusa o ex-presidente americano e três de seus filhos de fraude financeira na empresa da família, uma semana após ele ter sido acusado em outra ação criminal.

O ex-presidente, de 76 anos, que pretende retornar à Casa Branca nas eleições de 2024, é alvo de uma série de investigações estaduais, federais e do Congresso, que ameaçam complicar suas ambições de voltar ao poder.

Esta foi a segunda vez em pouco mais de uma semana em que ele teve que se apresentar à justiça nova-iorquina em dois casos diferentes.

Trump chegou ao gabinete da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, no sul de Manhattan, por volta das 10h locais (11h de Brasília), e voltou à Trump Tower, na Quinta Avenida, pouco depois das 18h30 locais.

É um caso "ridículo", "assim como o restante dos casos de ingerência eleitoral de que sou alvo", escreveu o ex-presidente em sua rede social, a Truth Social.

Em setembro do ano passado, a procuradora-geral do estado processou Trump, Donald Trump Jr, Eric Trump e Ivanka Trump, alegando que eles cometeram uma fraude "incrível" na Trump Organization.

Segundo sua ação, eles mentiram ao Fisco, a credores e seguradoras durante anos em um esquema que falsificou rotineiramente o valor das propriedades da organização com fins de enriquecimento.

- "Caça às bruxas" -

James disse que eles apresentaram declarações fraudulentas sobre o patrimônio de Trump e falsas avaliações de ativos "para obter e satisfazer empréstimos, obter benefícios de seguros e pagar menos impostos".

Trump, que é favorito à indicação republicana para as presidenciais do próximo ano, voltou a repetir sua ladainha habitual de que é vítima de uma "caça às bruxas".

Em agosto passado, ele já tinha se apresentado durante seis horas em outro interrogatório no âmbito desta investigação, pouco antes de James apresentar seu processo.

Na última terça-feira, em um comparecimento histórico ao tribunal distrital de Manhattan, que parou o país, Trump negou as 34 acusações por delitos graves feitas contra ele, relacionadas ao pagamento de suborno à estrela pornô Stormy Daniels, pouco antes das presidenciais de 2016 que o levaram ao poder, tornando-se o primeiro ex-presidente ou presidente em exercício a ser acusado criminalmente.

Este caso foi criticado de forma quase unânime pelos republicanos, entre eles os líderes do Congresso, que pediram ao promotor de Manhattan, o democrata Alvin Bragg, que deponha sobre a investigação perante o Congresso.

James, outra democrata eleita ao cargo nas urnas, pede que Trump e seus três filhos paguem 250 milhões de dólares (em torno de 1,22 bilhão de reais) em multas - uma quantia que, segundo ela, teriam ganhado com a suposta fraude - e que sejam proibidos de dirigir empresas no estado.

Não há acusações criminais que possam resultar deste caso, que deve ir a julgamento no fim deste ano.

Trump também está na mira da justiça por seu suposto envolvimento na tentativa de reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020 na Geórgia, e por seu papel na invasão do Capitólio por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021.

Está previsto para o fim deste mês o início de um julgamento civil em Nova York por uma ação de agressão sexual e difamação apresentada pela ex-colunista da revista Elle, E. Jean Carroll, contra o milionário republicano.


FONTE: Estado de Minas


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