Vaticano pede moderação a líderes católicos em uso das redes sociais
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O Vaticano solicitou aos bispos e principais líderes leigos da Igreja Católica que adotassem um tom moderado em suas declarações nas redes sociais. A instituição acredita que alguns comentários têm gerado divisões e provocado polêmicas que prejudicam a Igreja como um todo. A solicitação está inserida em um documento de 20 páginas intitulado 'Rumo à presença plena. Uma reflexão pastoral sobre o envolvimento com as mídias sociais', elaborado pelo departamento de comunicações da Santa Sé e divulgado nesta segunda-feira (29/5)
O texto, destinado a todos os católicos, faz um alerta sobre os riscos das fake news e outras formas de abuso nas redes sociais, que acabam transformando os indivíduos em mercadorias, com seus dados sendo comercializados sem seu conhecimento ou consentimento. O documento condena a polarização e o extremismo que resultam em um 'tribalismo digital' nas redes, onde as pessoas se isolam em grupos de opiniões similares, dificultando o diálogo e, muitas vezes, dando origem a violência, abuso e desinformação.
Segundo o comunicado, o estilo cristão nas redes sociais deve ser reflexivo e não reativo, e todos devem estar atentos para não cair em armadilhas digitais escondidas em conteúdos criados intencionalmente para gerar conflitos entre os usuários e provocar reações emocionais. A preocupação é ainda maior quando a comunicação superficial e polêmica parte de lideranças da Igreja, como bispos, pastores e líderes leigos proeminentes.
No contexto internacional, diversos bispos e comentaristas conservadores, principalmente nos Estados Unidos, têm utilizado o Twitter para criticar o Papa Francisco. Alguns deles, inclusive, endossaram ataques extremistas de direita em vídeos contra o pontífice.
FONTE: Estado de Minas