Washington classifica ataque de colonos israelenses como ‘terrorista’

08 ago 2023
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Os Estados Unidos classificaram nesta segunda-feira (7) como "terrorista" o ataque de colonos israelenses que resultou na morte de um palestino de 19 anos em 4 de agosto, aumentando a tensão diante da violência da extrema direita em Israel.

O Escritório do Departamento de Estado dos EUA para o Oriente Médio já havia denunciado o "ataque terrorista de um colono israelense extremista" no sábado, em sua conta na rede social X, antigo Twitter.

Nesta segunda-feira, o porta-voz da diplomacia americana, Matthew Miller, declarou que essa escolha de palavras não foi um erro.

"Nosso raciocínio é que se trata de um ataque terrorista, estamos preocupados e, por isso, o designamos dessa forma", disse à imprensa.

Ele também pediu que "a justiça seja feita com a mesma rigidez em todos os casos de violência extremista, independentemente dos autores".

Miller também elogiou a detenção de dois israelenses suspeitos por Israel neste caso.

Qusai Jamal Maatan, de 19 anos, morreu na sexta-feira em confrontos com colonos israelenses a leste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

Um dos dois suspeitos é, de acordo com a mídia israelense, um ex-porta-voz de um membro do partido de extrema direita Itamar Ben Gvir, atual ministro de Segurança Pública do governo de Benjamin Netanyahu.

Cerca de três milhões de palestinos vivem na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967. Cerca de 490.000 colonos judeus também vivem em assentamentos considerados ilegais pela ONU de acordo com o direito internacional.

Na sexta-feira, antes do incidente, a ONU havia alertado para um aumento significativo nos ataques de colonos contra palestinos ou suas propriedades na Cisjordânia, registrando cerca de 600 "incidentes" nos primeiros seis meses do ano.

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FONTE: Estado de Minas


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