‘A gente tem que dizer um basta ao feminicídio’, disse mãe de jovem morta com um tiro na cabeça pelo marido que está sendo julgado em MG

05 set 2023
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Crime foi em 2020 na cidade de Caratinga. Marcos Lucas de Campos, de 32 anos, fugiu depois do assassinado e foi capturado no Espirito Santo em janeiro deste ano. Fórum de Caratinga

Geórgia Marques/Inter TV dos Vales

O marido acusado de matar a esposa, uma jovem, de 23 anos, com um tiro na cabeça em Caratinga no dia 28 de novembro de 2020, vai a júri popular no Fórum da cidade nesta terça-feira (5).

Marcos Lucas de Campos, de 32 anos, fugiu depois do crime, foi considerado foragido e preso no Espírito Santo preso em janeiro deste ano quando confessou o crime.

O julgamento será conduzido juiz De Cleiton Luis Chiodi. A família será representada pela promotora do Ministério Público de Minas Gerais, Renata Schlickmann.

Com cartazes nas mãos, com foto da vítima pedindo justiça, familiares e amigos se reuniram na porta do Fórum antes do julgamento marcado para começar às 8h30.

Família faz protesto na porta de Fórum de Caratinga

Geógia Marques

Andreia do Nascimento, mãe de Carla, em entrevista à Inter TV dos Vales disse que espera justiça.

"A justiça de Deus não falha, e a da terra também não vai falhar. Eu peço justiça pela Carla, minha filha, 23 anos, vítima de um feminício, do próprio marido. A gente tem que dizer um basta ao feminicídio, um basta. Porque só a gente que é mãe, que sofreu e sofre essa ausência, essa dor, essa tristeza, sabe o cotidiano da gente", desabafou a mãe.

Andreia do Nascimento, mãe da jovem morta pelo marido

Geórgia Marques

Em entrevista à Inter TV dos Vales, na época do crime Andreia contou que o casal ficou 11 anos juntos, sendo seis de namoro e cinco de casados.

Ela contou ainda que, nunca aprovou o relacionamento da filha com o companheiro e que a relação dos dois era bastante conturbada.

Acusado de matar esposa vai a júri popular em Caratinga

Crime

Carla Tamires do Nascimento Teodoro, de 23 anos, foi morta com um tiro na cabeça no bairro Dr. Eduardo, em Caratinga, na noite do dia 28 de novembro de 2020.

Segundo a polícia, o marido e a vítima brigavam constantemente, mas ela nunca prestou queixa. Após o crime, o homem fugiu e foi capturado dois anos depois, em janeiro de 2023 no estado do Espírito Santo.

No dia do crime, durante buscas na residência, foi localizada uma fábrica clandestina de armas de fogo caseiras. Duas submetralhadoras e um revólver calibre .32 foram apreendidos, além de ferramentas, apetrechos e equipamentos.

Feminicídio

A Lei nº 13.104/2015 tornou o feminicídio um homicídio qualificado e o coloca na lista de crimes hediondos, com penas mais altas, de 12 a 30 anos.

É considerado feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima.

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FONTE: G1 Globo


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