Cafeicultores são obrigados a regularizar situação de trabalhadores em 23 fazendas do Sul de MG pela Justiça do Trabalho
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Decisão, que deve ser cumprida imediatamente, impõe 30 obrigações aos réus, cujo não cumprimento poderá acarretar multa de R$ 5 mil por cada trabalhador prejudicado, a cada constatação. Quatro cafeicultores de uma mesma família do Sul de Minas, proprietários de 23 fazendas, estão obrigados através de Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) a regularizar situações contratuais de empregados e ampliar medidas de proteção da saúde e segurança no trabalho.
A decisão, que deve ser cumprida imediatamente, impõe 30 obrigações aos réus, cujo não cumprimento poderá acarretar multa de R$ 5 mil por cada trabalhador prejudicado, a cada constatação. Os quatro réus, um casal e seus dois filhos, administram juntos as 23 fazendas. Conforme o MPT, de 2016 a 2018, a fiscalização do trabalho identificou reiterado descaso dos empregadores em relação a questões de saúde e segurança no trabalho e também irregularidades na contratação de trabalhadores e na garantia de direitos decorrentes do contrato de trabalho, o que resultou na aplicação de dezenas de autos de infração em propriedades da família. Ação Civil Pública do MPT-MG obriga produtores rurais a regularizarem situação de trabalhadores Divulgação / MPT Ainda conforme o MPT, as irregularidades iam desde falta de registro em carteira, irregularidades na apuração da jornada real de trabalho, ausência de infraestrutura adequada nas frentes de trabalho e não fornecimento de equipamentos de proteção individual. A decisão proferida pela juíza da Vara do Trabalho de Três Corações, Carolina Lobato Goes de Araujo Barroso, impõem aos empregadores 30 obrigações para cumprimento imediato. A fiscalização também apurou que o fornecimento de EPIs pelas reclamadas era deficitário, assim como as instalações físicas constantes do ambiente de trabalho eram irregulares e inseguras. Antecipação de Tutela A antecipação de tutela determina que os agricultores forneçam aos trabalhadores, gratuitamente, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento e providencie, também, a elaboração e efetiva implantação do Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural (PGRTR), fazendo o levantamento, monitoramento, controle e demais atos de gerenciamento dos riscos, inclusive o inventário de riscos. Em relação às frentes de trabalho, eles devem disponibilizar instalações sanitárias, fixas ou móveis, compostas por vaso sanitário e lavatório, locais para refeição e descanso que ofereçam proteção para todos os trabalhadores contra as intempéries. Eles também precisam fornecer moradia familiar, protegendo as aberturas nos pisos e nas paredes de forma que impeçam a queda de trabalhadores ou de materiais. A ação também determina que os cafeicultores deverão, também, abster-se de admitir ou manter empregado sem o respectivo registro em livro, ficha ou sistema eletrônico competente, consignar em registro mecânico, manual ou sistema eletrônico, os horários de entrada, saída e período de repouso efetivamente praticados pelo empregado, depositar mensalmente o percentual referente ao FGTS entre outros compromissos. Veja mais notícias da região no g1 Sul de MinasFONTE: G1 Globo