Caso Maria Valentina: Pais acusados por morte da menina são julgados em Montes Claros

27 jun 2023
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Maria Valentina Alves Rodrigues, de um ano e dois meses, foi morta na casa da família em julho de 2021. Sessão de júri popular começou por volta das 9h no fórum Gonçalves Chaves. Maria Valentina Alves Rodrigues foi encontrada morta dentro de casa

Arquivo pessoal

Estão sendo julgados, nesta terça-feira (27), os pais acusados de matar a filha, de um ano e dois meses, em Montes Claros, no Norte de Minas. Maria Valentina Alves Rodrigues foi morta na casa da família em julho de 2021. (Relembre o caso abaixo)

A sessão de júri popular começou por volta das 9h no fórum Gonçalves Chaves e o conselho de sentença é formado por sete jurados. O processo está em segredo de Justiça e só acompanham o julgamento, profissionais do judiciário, advogados de defesa e testemunhas.

Segundo o Acórdão disponibilizado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os pais são acusados de homicídio qualificado por motivo fútil, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, emprego de meio cruel e feminicídio. Eles também respondem pelo crime de estupro de vulnerável.

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Antes de iniciar a sessão, o advogado de defesa do pai da vítima, Cláudio Antunes de Sá, concedeu entrevista à Inter TV e negou que o cliente tenha cometido os crimes.

“A defesa espera que se faça justiça porque desde a época dos fatos tem veiculado uma falsa informação de que o meu cliente tenha praticado o estupro, por mais que o processo seja sigiloso há nos autos o exame de DNA no qual foi retirado material genético do meu cliente e esse laudo veio negativo, ou seja, não houve estupro de vulnerável por parte do meu cliente.[...] A defesa tem a segurança de que ele não praticou o crime de homicídio e nem estupro”.

A defesa da mulher não quis conceder entrevista.

Entenda o caso

Maria Valentina Alves Rodrigues foi morta na madrugada do dia seis de julho de 2021. No mesmo mês, os pais foram indiciados pela Polícia Civil pela morte da menina.

O laudo de necropsia apontou que a criança tinha várias lesões na região do tórax e havia sinais de abuso sexual.

Na época, o delegado Bruno Rezende disse em entrevista coletiva que a mãe confessou ter agredido a filha. Inicialmente, ela e o marido negavam as agressões e se acusavam reciprocamente.

“A mãe confessou que agrediu a criança pelo menos cinco vezes naquela madrugada com tapas e murros porque ela não dormia. O pai nega as agressões, apesar de a mulher ter dito que ele também deu um soco na criança durante a madrugada. A criança faleceu por pancada na região torácica”.

Segundo as investigações, a menina dormia com os pais e três irmãos em duas camas juntas no mesmo quarto quando aconteceu o crime.

“O que fica caracterizado é que os dois escolheram deliberadamente não adotar nenhuma providência um em relação ao outro. O pai alega que viu a mãe espancar a criança diversas vezes e não fez nada. A mãe alega que viu o pai bater na criança e praticar movimentos debaixo das cobertas que pudessem imputar em abuso sexual e também escolheu não fazer nada”.

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FONTE: G1 Globo


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