Censo 2022: São Bento Abade tem maior percentual de pardos e Minduri lidera em pessoas pretas no Sul de MG; veja dados

23 dez 2023
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Novos dados do Censo foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE. Sul de Minas tem crescimento de mais de 20% das populações pretas e pardas. São Bento Abade é a cidade do Sul de Minas com maior percentual de autodeclarados pardos, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já Minduri lidera entre os pretos.

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São Bento Abade, MG

Governo de Minas

Veja dados abaixo das cidades com maior percentual de pretos, pardos, indígenas, amarelos e brancos:

54,5% da população de São Bento Abade se autodeclarou parda;

21% dos moradores de Minduri se autodeclararam pretos;

Caldas é a cidade da região com mais indígenas, com 1,2%;

Senador José Bento possui 1,2% da população autodeclarada amarela (pessoas com ascendência de alguns países orientais);

Já em Tocos do Moji, 85,7% se autodeclara branca.

O Censo 2022 apontou que houve crescimento de mais de 20% das populações pretas e pardas no Sul de Minas. Em contrapartida, caiu em 64% o número de pessoas que se consideram amarelas. Os que se consideram indígenas caiu 17% e o número de pessoas que se consideram brancas caiu 3,8%.

Infográfico mostra qual cor ou raça tem a maior parcela em cada município brasileiro

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Tânia Rêgo/Agência Brasil

Veja os números:

Os brancos são 1,776 milhão, 61,3% da população da região. Em 2010, eram 67,1%.

Os pardos são 888,1 mil, 30,6% da população. Em 2010, eles eram 25,8%.

Os pretos cresceram 27,5% na última década. Eles são 228,3 mil ou 7,8% da população regional. Em 2010, eles eram 6,5%.

A população amarela é hoje de 5.347 pessoas no Sul de Minas, o que representa 0,2% da população. Em 2010, eles eram 14.880 e representavam 0,5%.

Já a população indígena soma hoje 1.684 pessoas no Sul de Minas, ou 0,1% da população. Em 2010, os indígenas somavam 2.031 pessoas.

Quem define a cor ou raça de cada um

A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração. Ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda ou indígena (havia a opção de não declarar a raça, mas só 0,005% dos entrevistados decidiram assim).

O instituto considera amarelas pessoas com ascendência de alguns países orientais, como Japão e China, por exemplo. Quando o indivíduo assim se identificava, o pesquisador explicava isso e dava a chance para que a opção fosse alterada ou mantida.

Embora o quesito cor seja pesquisado no Brasil desde o primeiro Censo de 1872, ele passou a ser denominado “cor ou raça” apenas partir de 1991. Por isso, a série histórica divulgada pelo IBGE começa ali.

O IBGE destaca que a raça é um conceito mais amplo do que apenas a cor da pele e outras características físicas, envolvendo também outros critérios de pertencimento identitário como origem familiar e etnia.

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FONTE: G1 Globo


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