Cesárea x Normal: por que virou guerra?
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
O objetivo deste post não é falar sobre os benefícios ou malefícios de um ou outro tipo de parto, até porque existem N estudos que apoiam ou criticam ambos. Já vimos crianças nascerem e morrerem por meio dos dois. E parturientes também. O que me intriga, de verdade, é ver a guerra entre mães em torno do tema. É fato que ficamos mais competitivas depois que depois da maternidade, isso é natural, apesar de chato e desnecessário.
O tão clichê comportamento humano de querer interferir nas decisões individuais do próximo está presente nesta situação. Funciona assim: se eu acho que algo é melhor para mim, eu acho que também é melhor para você e todas as outras pessoas. Mas, calma lá. Existem variáveis e adversidades. No popular, “cada caso é um caso”. E mesmo que todas as situações fossem iguais, ainda assim, o respeito pelo que o outro escolheu deveria prevalecer. Mas tudo o que escutamos (e proferimos) é: “Vai marcar cesárea? Por que? Faça o parto natural, o próprio nome já diz, NA-TU-RAL” “Vai fazer parto normal? Nossa, mas hoje em dia temos tanta tecnologia para não ter que passar por isso... marca uma data, muito mais confortável!” Eu já ouvi a primeira fala durante a minha gravidez. E já disse a segunda para outras mães. Hoje me policio, porque quando se intrometeram na minha escolha, considerei desgastante e invasivo. Não, você não é melhor ou pior porque escolheu passar pelas dores do parto. E nem eu sou melhor nem pior porque tenho pavor de dor e sim, farei de tudo para não precisar senti-la. E essa guerrinha de egos existe justamente por duas simples premissas: 1: Achamos que somos melhores do que o outro; 2: Não aprendemos o que é o respeito. E isso não vai acabar. Existem inúmeros grupos na internet que criticam as mães e suas escolhas. Eu sou apenas uma voz no meio de incontáveis que querem intriga, tentando dizer “vamos nos respeitar, por favor, cada um sabe a dor e a delícia das suas escolhas e ninguém tem nada a ver com isso”. Será que um dia alguém me escuta?FONTE: G1 Globo