Começa júri de mineiro acusado de matar português a facadas e fugir para o ES

08 maio 2023
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Julgamento acontece 16 anos após o crime, cometido em agosto de 2007. Justiça do Espírito Santo vai julgar o caso porque o acusado foi preso em terras capixabas após fugir de Portugal. Justiça Federal no ES

Divulgação/Justiça Federal

Começou na manhã desta segunda-feira (8), em Vitória, o julgamento do mineiro Mário de Lima Egídio, natural da cidade de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais acusado de matar a facadas o português Vitor Manuel da Rocha Ferreira, em agosto de 2007.

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O mineiro foi alvo de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e o caso é julgado pela Justiça do Espírito Santo porque, após cometer o crime, o acusado fugiu para o estado capixaba, onde acabou preso.

O júri teve início às 8h30 e acontece no prédio da Justiça Federal.

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O crime

No dia do crime, Mário e Vitor se envolveram em uma discussão em um bar próximo à então residência do réu. Segundo testemunhas, a vítima tentou apartar uma briga entre outro brasileiro que a acompanhava e Mário, atingindo-o com uma garrafa.

A desavença prosseguiu com xingamentos e objetos lançados. Mário foi para sua casa , retornou com uma faca e desferiu três golpes na região do tórax de Vitor, que morreu no local.

O crime constitui homicídio qualificado, uma vez que teve motivação fútil.

Mário morava em Sintra (Portugal), mas fugiu para a capital capixaba logo depois do crime. Ele foi preso preventivamente por ordem do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a pedido do MPF.

Julgamento acontece 16 anos depois do crime

O julgamento acontece quase 16 anos após o crime, com idas e vindas da ação penal ao longo desse período. O agendamento da sessão do júri só foi possível depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou um conflito de competência entre as Justiças Federal e Estadual do Espírito Santo e definiu a atribuição do juízo federal para conduzir o processo.

Entretanto, os autos não ficaram paralisados à espera dessa decisão. No período em que a ação tramitou na esfera estadual, realizou-se toda a primeira fase do procedimento do júri, com apresentação de resposta da defesa e a coleta dos depoimentos de diversas testemunhas, alguns deles por meio de carta rogatória a Portugal.

Está prevista a reprodução desses relatos aos jurados, além do comparecimento do outro brasileiro envolvido na briga. Ao final, passada a etapa de debates entre acusação e defesa, sete dos 25 integrantes do júri serão sorteados para compor o conselho de sentença, que se reunirá reservadamente para definir o veredicto.

O representante do MPF na sessão de julgamento será o procurador da República Gustavo Torres Soares.

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FONTE: G1 Globo


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