Entre memórias e botânica: conheça o Cemitério de Caldas
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Conhecer o Cemitério de Caldas é como embarcar em uma jornada pelo tempo e pelas histórias que descansam nele
Crédito: Prefeitura de Caldas O Cemitério de Caldas, construído em 1850, é mais do que um local de descanso para as almas que já partiram; é um museu a céu aberto, repleto de histórias que ecoam pelos séculos. Localizado na Rua Ipiranga, próximo ao centro da cidade de Caldas, este cemitério é um ponto de referência carregado de memórias e beleza arquitetônica. Seus muros de pedra, erguidos com maestria por mãos escravas, resistem ao tempo como testemunhas silenciosas do passado. Ao adentrar os portões de ferro inglês, você se depara não apenas com lápides e sepulturas, mas com uma viagem pelas origens e história de Caldas. O cemitério conserva o muro de pedras original, uma obra que transcende a funcionalidade e se torna uma peça histórica.Crédito: Prefeitura de Caldas
Destacando-se entre os túmulos está o do médico e botânico sueco André Regnel. Seu túmulo não é apenas um marco de sua passagem por Caldas, mas uma expressão de sua contribuição para a botânica e medicina. Regnel veio da Suécia em busca de cura para seus pulmões, encontrando em Caldas o clima ideal. Aqui, dedicou 43 anos à pesquisa da flora local e das águas medicinais de Pocinhos do Rio Verde, o qual hoje descansa em seu jazigo o qual veio especialmente da Suécia para ser instalado no local e abriga-lo em sua eternidade. Lourenço Westin, ex-cônsul da Suécia, indicou a cidade a Regnel, e assim, Caldas se tornou seu lar. Além de suas práticas médicas, Regnel deixou um legado de conhecimento, inclusive fundando um Jardim Botânico em sua terra natal, repleto de plantas da região de Caldas.Crédito: Prefeitura de Caldas
A visita ao Cemitério de Caldas é mais do que um passeio, é uma imersão na história local, nas construções meticulosas e nas contribuições significativas de pessoas como André Regnel. Este cemitério, que reflete a riqueza do patrimônio cultural de Caldas, convida turistas a explorarem não apenas suas trilhas de pedra, mas também as narrativas que estão esculpidas em cada sepultura e memorial.FONTE: G1 Globo
