Longa-metragem produzido em Divinópolis recebe prêmios internacionais antes de estrear no Brasil

16 jul 2023
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‘Placa-mãe’, de autoria de Igor Bastos, é o primeiro longa feito em animação no interior de Minas. Já são três premiações nos Estados Unidos e na Itália. História de robô que adotou duas crianças negras estreia nos cinemas em novembro

Placa-mãe/Reprodução

As expectativas para a estreia do longa-metragem em animação "Placa-mãe" têm aumentado a cada indicação e premiação recebida pelo filme no exterior. Até agora, já foram três prêmios conquistados nos Estados Unidos e na Itália. Produzido e dirigido pelo cineasta Igor Bastos, o longa chega às telas no Brasil, em dezembro deste ano.

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O público brasileiro ainda vai esperar por quatro meses para conferir a produção nas salas de cinema do país e toda a movimentação de indicações e prêmios têm aumentado a expectativa de quem aguarda ansioso pela estreia.

"Eu acompanhei todo o processo de produção de Placa-Mãe. Para mim, a equipe formada por animadores e pelo diretor Igor Bastos, em Divinópolis, mostra a força e a capacidade de se produzir cinema no interior com profissionais locais longe dos grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo", disse o também cineasta, Adriano Reis.

"Estou muito feliz e ansioso para assistir ao filme no cinema e me emociono com a repercussão positiva  de Placa-Mãe em festivais internacionais".

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Filme Placa-mãe tem temática atual e trabalha temáticas sociais

Igor Bastos/Divulgação

Premiações

Nos Estados Unidos, o filme foi premiado no prestigiado festival "Winner Best Animation - New York International Film Awards - NYIFA" e no "International Independent Film Festival".

A trama inovadora e que aborda ainda questões sociais, combinada com a habilidade do diretor em contar histórias, cativou a crítica nos festivais.

Mas o sucesso de "Placa-mãe" não parou no país americano e se estendeu ainda ainda para Europa, onde recebeu premiação na Itália, no "Winner Best Animated Feature Film - Montelupo Fiorentino".

Em entrevista ao g1, o diretor Igor Bastos expressou orgulho pelos prêmios recebidos antes mesmo da estreia oficial no Brasil.

"Sem dúvidas as premiações só reforçam que todo projeto, desde o escopo até a finalização foi muito assertivo. É uma honra imensa ser reconhecido internacionalmente. Eu e toda equipe trabalhamos para criar algo único e impactante ao mesmo tempo. Os prêmios são um reconhecimento de todo nosso esforço", declarou o diretor, emocionado com as conquistas.

Primeiro longa em animação do interior

Placa-mãe conta a história de um robô que adotou duas crianças em Divinópolis

Reprodução/Placa-mãe

"Placa-mãe”, que é o primeiro longa-metragem em animação produzido no interior de Minas, conta a história da robô “Nadi”, que ganhou cidadania e adotou dois irmãos negros e com idades fora dos padrões convencionais de adoção.

A ficção mistura questões sociais e tecnológicas em uma trama emocionante. A história se passa em um futuro próximo, onde a robótica avançada permite a criação de robôs com inteligência artificial.

Nadi é uma dessas robôs, porém, é especial. Isso porque ela extrapola questões artificiais e afetividade fala mais alto. Isso faz com ela ganhe cidadania, tornando-se, então, o primeiro robô com direitos iguais aos humanos e com afetividade

“Com todas as questões que tornam Nadi um robô especial, ela decide, durante um encontro que ocorre em uma espécie de lixão, adotar dois irmãos. É aí que entram questões igualmente atuais como a inteligência artificial, que são as extensas filas para adoção e a dificuldade que algumas crianças enfrentam para serem escolhidas. As crianças que Nadi encontra são dois irmãos, negros e que estavam na fila de adoção há muito tempo”, contou.

A robô, que aprendeu amar e se preocupar com as crianças, trava a partir deste momento uma luta contra a burocracia, o tempo e o preconceito.

A animação é uma produção local, feita por uma equipe de artistas e técnicos de Divinópolis, mas também conta com participações de renome como Márcio Simões, conhecido por dublar os atores como Samuel L. Jackson e Will Smith. No filme ele dubla “Asafe", um vilão da trama.

Igor destaca que, em 120 anos do cinema brasileiro, esta é apenas a 70ª produção em animação no formato de longa-metragem.

Expectativa de grande bilheteria

Com expectativa de que o filme esteja entre os 10 melhores da bilheteria brasileira deste ano, Igor destaca a importância de trazer questões sociais para o cinema de animação em cenário nacional.

"A ideia era justamente essa, contar uma história que fosse emocionante e, ao mesmo tempo, trouxesse reflexões sobre os desafios que ainda enfrentamos como sociedade, abordando a questão mais atual do momento que é a Inteligência Artificial (IA)".

"Fiquei extremamente feliz com o resultado e tenho certeza que as pessoas que assistirem ao filme também vão gostar muito. Afinal, a robótica e a IA são, neste momento, temas muito presentes no nosso dia a dia, mas também precisamos falar sobre a diversidade e a inclusão", completou.

Longa-metragem em animação será lançado em novembro deste ano nos cinemas

Reprodução/Placa-mãe

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FONTE: G1 Globo


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