Morre paciente de MG internado no ES com raiva humana
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Paciente estava internado desde o dia 7 de abril e morreu na manhã deste domingo (30). Paciente de MG com raiva humana morre no ES
Morreu na manhã deste domingo (30) o paciente de 60 anos, criador de gado em Mantena (MG), no Leste de Minas, internado com raiva humana no Hospital Estadual Doutor Jayme Santos Neves, na Serra, Grande Vitória. A informação foi confirmada à tarde pela Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Segundo a Sesa, mais informações serão repassadas apenas para a família. O homem, que não teve o nome divulgado, foi atendido no dia 7 de abril no município de Barra de São Francisco, no Noroeste do estado capixaba, e depois transferido para a Grande Vitória em razão da gravidade do seu quadro clínico. Paciente com raiva humana estava internado no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, Grande Vitória. Reprodução TV Gazeta A Sesa foi questionada sobre o número de casos de raiva humana registrados no estado até o momento, mas não havia retornado até a publicação desta reportagem. LEIA TAMBÉM: Caso suspeito de raiva humana é investigado no Leste de Minas Confirmado o caso de raiva humana na cidade de Mantena De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a doença foi confirmada por meio de exame do laboratório considerado como referência nacional para Raiva (Instituto Pasteur/SP), de acordo com o Protocolo do Ministério da Saúde. Familiares do homem contaram que dias antes de manifestar os sintomas, ele teve contato com um bezerro que apresentava um comportamento atípico e excesso de salivação. De acordo com o o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Governador Valadares, o homem achou que o animal estava engasgado e introduziu as mãos, braço e antebraço em sua cavidade oral, na tentativa de desengasgá-lo, porém, dias depois, o bezerro apresentou piora no quadro e o produtor decidiu sacrificá-lo e incinerá-lo. "Tal decisão foi tomada no intuito de evitar possível disseminação de doença a outros animas. Contudo, o homem não aventou a possibilidade de que poderia ser um quadro de raiva animal e deixou de procurar pelos serviços de saúde do município para profilaxia pós-exposição”, detalhou Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Governador Valadares na ocasião. Vacinação contra a raiva intensificada Animais são vacinados contra raiva humana em Barra de São Francisco, ES A prefeitura de Barra de São Francisco, onde o paciente de MG foi atendido inicialmente e que fica a cerca de 11 quilômetros de Mantena, anunciou recentemente uma campanha de vacinação de bloqueio na divisa com a cidade mineira, com imunização de cães e gatos. Agentes estão indo na primeira etapa da campanha até às residências. A segunda etapa com 'Dia D de Vacinação' está prevista para 6 de maio em mais de 10 postos na cidade (confira mais detalhes no vídeo abaixo). O que é a raiva humana? A raiva humana é uma doença infecciosa com 99% de taxa de letalidade e atinge mamíferos, inclusive humanos, e é transmitida pelo contato com a saliva de um animal infectado, por meio de mordidas, lambeduras ou arranhaduras. A infecção pela raiva humana ocorre após o vírus se multiplicar no local da lesão, assim atingindo o sistema nervoso periférico mais próximo. Uma vez atingido, o vírus continua se replicando até alcançar o sistema nervoso central (composto pela medula e cérebro). Por fim, o vírus se espalha para demais órgãos do corpo e glândulas salivares, onde continua a replicação e eliminação. Por isso, a salivação é um dos sintomas mais claros da raiva. O aparecimento dos sintomas ocorre entre 7 e 10 dias depois da infecção. Para prevenção, a vacinação é a melhor opção. Quais são os sintomas da doença? Nos seres humanos, os primeiros sintomas, que duram 2 a 4 dias, passam por mal estar, ligeiro aumento de temperatura, falta de apetite, náuseas, dor de garganta, inquietação, formigamento perto do local da lesão, sensibilidade de órgãos e alterações de comportamento. Os sintomas principais são convulsão, febre baixa, perda de função muscular, dor no corpo, dor nas articulações, agitação e ansiedade. De acordo com a progressão da doença, surgem arroubos de ansiedade, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, principalmente dos músculos da laringe, faringe e língua, quando o infectado vê ou tenta ingerir líquido, apresentando intensa salivação. Se o desenvolvimento da doença seguir, nos casos mais graves, o indivíduo apresenta alucinações, e os espasmos evoluem para paralisia até o surgimento de coma e morte. Já os animais ficam mais agressivos e podem morder pessoas, animais e objetos. O bicho também costuma ficar mais solitário, isolado e, no caso dos cães, com latido diferente do habitual. Além disso, o animal recusa alimento e água, tendo dificuldade de engolir. Também fica de boca aberta com muita salivação. Por fim, nas últimas etapas da doença, o animal fica sem coordenação motora, passa a ter convulsões, apresenta paralisia das patas traseiras, até a evolução com paralisia total e morte. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito SantoFONTE: G1 Globo