Motorista de aplicativo foi agredida com telhas, asfixiada e esfaqueada por homem preso no RJ, diz Polícia Civil

04 out 2023
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Segundo o delegado Wesley de Castro, Rafael Monteiro de Sena confessou que matou a motorista desaparecida desde o dia 9 de setembro em Divinópolis. A polícia ainda aguarda os exames para comprovar se o corpo encontrado em Marilândia é o de Sheilla. Sheilla Angelis de Almeida; foto de arquivo

Facebook/Reprodução

A Polícia Civil deu detalhes nesta quarta-feira (4) das investigações do caso da motorista de Divinópolis, Sheilla Angelis de Almeida, desparecida desde o dia 9 de setembro. Segundo o delegado Wesley Castro, o suspeito Rafael Monteiro de Sena, preso junto com a namorada, Letícia Joice de Oliveira, confessou durante depoimento que matou a motorista.

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A motorista foi vítima de latrocínio. Conforme ainda o delegado, Sheilla foi agredida, estrangulada e ainda esfaqueada nas costas por Rafael.

"Ele tentou desmaiá-la com um golpe de asfixia, mas não conseguiu. Ele viu que no solo havia pedaços de telhas e bateu na cabeça dela. Ainda que sangrando, ela reagiu. Então ele volta no carro dela, pega uma corda e com o uso dela tentou enforcá-la, momento que ela desfaleceu. Ele corta a corda, e usa uma das partes para amarrar os punhos dela, com o outro pedaço ele amarra os braços dela ao corpo. Depois a colocou no porta-malas do próprio carro e desferiu quatro facadas nas costas delas", disse o delegado.

Com relação ao corpo de Sheilla, a polícia explicou que aguarda o exame antropológicos para comprovar se o corpo encontrado em uma estrada vicinal de Marilândia, distrito de Itapecerica, é mesmo dela, porém tudo indica que seja ela.

Além do resultado dos exames, o delegado disse que os exames irão mostrar se a causa da morte foi o estrangulamento ou as facadas que a motorista sofreu.

Polícia Civil detalha investigação do caso da motorista Sheilla Angelis

Luciany Oliveira/TV Integração

Crime premeditado

O delegado contou como o suspeito fez para atrair Sheilla até o local onde ela foi morta. Segundo Wesley, no dia do crime Rafael chegou a solicitar o serviço da motorista horas antes de cometer o crime.

“Ao meio-dia, o investigado ligou diversas vezes acionando o aplicativo tentando uma corrida, quando quem aceitou foi a Sheilla, ele realizou corrida. A princípio essa corrida tinha como objetivo estudar a vítima, como ela trabalhava, a eventual forma de abordagem dela para cometer o crime".

Após o termino do trajeto, Rafael então teria planejado chamar Sheilla novamente e usou um celular de outra pessoa para não deixar suspeitas que ligasse a ele.

"Por volta das 18h30 o suspeito estava na Praça do Santuário, onde procurou um adolescente e pediu o telefone dele emprestado para ligar com Sheilla, solicitando uma nova corrida, inclusive informando que seria o mesmo rapaz que havia feito a corrida ao meio-dia, com objetivo de ter a confiança dela, e utilizando telefone de terceiro para apagar qualquer registro que ligasse a ele", afirma o delegado.

Ordem cronológica do desaparecimento de Sheilla Angelis

9 de setembro: Sheilla sumiu por volta das 18h, após fazer uma corrida no Bairro Campina Verde, com um veículo Fiat/Argo branco.

10 de setembro: O carro dela passa por Juiz de Fora. Foi registrada uma compra com o cartão de Sheilla em uma loja de conveniência em São João Del Rei, por volta das 00:30, e outra compra em uma cidade no estado do Rio de Janeiro.

11 de setembro: As buscas por Sheilla continuam. "Queremos encontrá-la e que ela esteja bem", disse Samyra Paloma, namorada da motorista, em entrevista à TV Integração.

12 de setembro: O delegado Flávio Tadeu Destro disse que o inquérito está em regime de prioridade e não descarta nenhuma linha de investigação. Ele também pediu que a população repasse qualquer informação relevante à polícia.

13 de setembro: Marina Almeida, prima de Sheilla, falou da angústia que ela e a família têm vivenciado nos últimos dias. "Estão sendo dias angustiantes. Quanto mais o tempo passa, mais a angústia aperta", contou.

15 de setembro: Familiares, amigos e colegas de trabalhos fizeram carreatas em Divinópolis como forma de cobrar respostas sobre o caso.

25 de setembro: Familiares e amigos realizaram uma nova manifestação como forma de cobrar respostas sobre o caso. O ato aconteceu em frente à Delegacia de Polícia Civil.

27 de setembro: Familiares reconheceram que o tênis encontrado próximo a um corpo em Marilândia, distrito de Itapecerica, era da motorista. No entanto, a confirmação da identificação do corpo será feita por meio de exame de DNA.

1º de outubro: Um casal foi preso no Rio de Janeiro suspeito do desaparecimento da motorista. Os dois estavam no carro de Sheilla.

DESAPARECIMENTO DE SHEILLA ALMEIDA

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FONTE: G1 Globo


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