Patrulha da Mulher: entenda como projeto da PM tem ajudado vítimas de violência doméstica em MG

25 jul 2023
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Serviço de Prevenção à Violência Doméstica age em Varginha para combater casos. Dados da Sejusp mostram aumento de ocorrências em mais de 7% em comparação ao ano passado. Projeto monitora vítimas de violência doméstica em Varginha

Um balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais revelou que os casos de violência doméstica crescem mês a mês, em Minas Gerais. O aumento de registros é de mais de 7%, quando comparamos o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2022. Em Varginha (MG), um projeto tenta proteger as vítimas.

A Patrulha da Mulher é um serviço da Polícia Militar. Implementado na cidade no ano de 2018, o projeto consiste em atividades diárias.

É o chamado Serviço de Prevenção à Violência Doméstica, que propicia à mulher, vítima de violência, um atendimento mais humanizado, de forma que ela receba a atenção devida a seu caso, bem como atua na dissuasão do agressor, objetivando a quebra do ciclo da violência.

Patrulha da Mulher: entenda como projeto da polícia tem ajudado vítimas de violência doméstica em MG

Reprodução/EPTV

Os militares que compõem a patrulha selecionam as ocorrências de maior gravidade, ou reincidentes e fazem contato pessoal com a vítima para oferecer a ela um monitoramento do caso.

Mesmo preventivo, este é um trabalho é cada vez mais necessário, tendo em vista que os dados de violência doméstica em Minas Gerais apresentam condições alarmantes.

Os números foram divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública. Os dados são um comparativo entre janeiro e junho dos anos de 2022 e 2023.

Comparando mês a mês, os números de 2023 estão sempre maiores do que os registrados em 2022.

Em janeiro de 2022, foram registrados 11.839 casos de violência doméstica em Minas Gerais. No mesmo mês de 2023, o número subiu pra 12.937.

Em junho deste ano foram 10.754 casos de violência doméstica, contra 10.571 registrados no mesmo período do ano passado. Aumento de 7,5%.

Casos de Violência Doméstica em Minas Gerais (Janeiro a Junho 2022/2023)

Ação da Patrulha da Mulher

Enquanto isso, a Patrulha da Mulher continua agindo em Varginha. Neste ano, 44 vítimas foram incluídas no Serviço de Prevenção à Violência Doméstica, 31 autores são monitorados e 13 vítimas recusaram o serviço.

A Sargento Bárbara Rodrigues de Oliveira explica que é uma equipe formada por um policial masculino e uma policial feminina. Diariamente, eles entram no sistema e faz um filtro das ocorrências de violência doméstica registradas na cidade.

"Nesse filtro, a gente vai selecionar os casos que a gente considera graves e os casos que são reincidentes, mesma altura e mesma vítima. E a gente vai deslocar até essa vítima para oferecer a ela o Serviço de Prevenção à Violência Doméstica".

O serviço é voltado para os casos que envolvem relação íntima de afeto, com o objetivo principal de evitar feminicídios e também evitar que tenha novo boletim de ocorrência.

Patrulha da Mulher: entenda como projeto da PM tem ajudado vítimas de violência doméstica em MG

Vinícius Silva/TV Diário

Segundo a militar, são feitos contatos semanais com os envolvidos, estando juntos ou separados. "A vítima pode ter ou não medida protetiva, só é importante que ela acate as orientações da equipe para auxiliar no serviço", explica.

"Nesse trabalho, a gente vai atuar junto à vítima, fazendo orientações, um acompanhamento mesmo para ver o que ela está precisando, fazer encaminhamentos para outros órgãos e atuar diretamente com o agressor, mostrar para ele que ele vai ser monitorado pela PM e que se ele insistir em cometer nova violência, esse caso vai ser levado adiante e ele vai ter as consequências de ter cometido esse crime", afirma a Sargento.

Ainda conforme a policial, a vítima é encaminhada para outros órgãos, como Delegacia da Mulher e Centro de Referência de Assistência Social (CREAS), por exemplo.

"A gente consegue perceber que a menor parte dos casos acompanhados voltam a ter reincidência. E se tem reincidência durante o acompanhamento, a gente vai levar esse fato através de um relatório produzido pela própria equipe até o Ministério Público para que seja aí sugerida uma análise possível, prisão preventiva do agressor para que seja essa mesma violência ali do início", finaliza a PM.

Denúncia

➤ Emergência: ligue 190 para falar com a Polícia Militar. O atendimento telefônico é gratuito e imediato. A central 190 funciona 24 horas.

➤ Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher. Outro meio para denunciar os crimes de violência doméstica é ligar para o 180, a Central de Atendimento à Mulher, do governo federal.

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FONTE: G1 Globo


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