Professor da Unimontes investigado por crimes sexuais é demitido

19 jul 2023
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Suspeito foi indiciado pela Polícia Civil em março deste ano por 'assédio sexual, por fotografar ou registrar cenas de nudez e por ato libidinoso'. Decisão da Controladoria Geral do Estado foi publicada no Diário Oficial. O professor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) investigado por crimes sexuais foi demitido da função pública. (Relembre o caso abaixo) A decisão da Controladoria Geral do Estado foi publicada no Diário Oficial nessa terça-feira (17).

Entre as justificativas, no documento, consta que “a demissão a bem de serviço público” ocorre por “descumprimento de deveres funcionais e por incorrer em ilícito administrativo”, previsto no Regimento Geral da Unimontes. O professor tem o prazo de 10 dias para apresentar pedido de reconsideração.

A advogada de defesa, Cleonice Pereira, foi procurada pelo g1 e informou que não tem autorização do cliente para falar sobre o assunto.

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Em entrevista à Inter TV, o vice-reitor, Dalton Caldeira Rocha, comentou sobre a decisão e disse que o caso já estava sendo acompanhado pela nova gestão.

“Assim que assumimos a reitoria no início do ano, buscamos agilizar os procedimentos internos da comissão processante que indicou para a reitoria a pena de exoneração do servidor, além de outras medidas para acolhimento das vítimas e medidas internas de combate a qualquer forma de discriminação ou assédio no âmbito da universidade”.

“A Universidade Estadual de Montes Claros é uma instituição muito importante para a comunidade e qualquer conduta inadequada que não faz parte das políticas mineiras e da nossa própria política institucional de integridade deve ser combatida e fiscalizada, no sentido de ser apurada as eventuais denúncias e as pessoas possam receber as punições adequadas”, falou o vice-reitor.

Entenda o caso

O professor foi indiciado pela Polícia Civil em março deste ano por “assédio sexual, por fotografar ou registrar cenas de nudez e por ato libidinoso”.

Na época, a Polícia Civil informou que as apurações começaram depois que a coordenadora do curso de História compareceu até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para apresentar um relatório elaborado por um acadêmico, no qual eram levantados possíveis crimes contra a liberdade sexual cometidos pelo professor.

As investigações apontaram que o suspeito usava uma abordagem em que sugeria sessões de hipnose e massagem para as vítimas, para que elas conseguissem relaxar. Algumas delas relataram que foram amordaçadas, vendadas e amarradas por ele durante prática de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo). Elas contaram também que várias dessas sessões ocorreram dentro da própria universidade.

Em nota, enviada ao g1, na época dos fatos, a delegada Karine Maia disse que as vítimas descrevem o suspeito como “pessoa manipuladora e que fazia jogos de sedução. Aproveitando-se da condição de professor, intimidava e constrangia as vítimas, coagindo-as a ceder a favores sexuais. Algumas delas relataram terem sido filmadas e fotografadas por ele sem o devido consentimento”.

Ainda de acordo com a delegada, os relatos de cinco vítimas apresentam provas da materialidade, circunstâncias e a autoria do crime.

O servidor havia sido afastado do cargo por meio de portaria da própria instituição de ensino em outubro de 2022, quando surgiram as denúncias.

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FONTE: G1 Globo


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