Professora investigada por falas racistas em sala de aula é suspensa preventivamente em MG
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação, ela foi afastada temporariamente da Escola Estadual Salatiel de Almeida, em Muzambinho (MG). A professora investigada por falas preconceituosas e racistas durante aulas na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida, em Muzambinho (MG) foi suspensa pela Secretaria de Estado de Educação (SEE). A profissional havia voltado a trabalhar na semana passada, mas, agora, foi afastada temporariamente.
📲 Participe da comunidade e receba no WhatsApp as notícias do Sul de MG De acordo com a SEE, a suspensão preventiva foi publicada no final de semana. Ainda conforme a secretaria, ela foi afastada temporariamente das funções por possível descumprimento dos deveres do servidor público. O afastamento da professora, segundo a Secretaria de Estado de Educação, é de cerca de 30 dias. Segundo os alunos, a professora utiliza falar preconceituosas em sala de aula há um bom tempo. Em agosto, estudantes gravaram as falas dela durante uma aula da disciplina de "Humanidades". No áudio, ela fala de cor, raça, pessoas obesas e até deficientes. "Hoje é muito modinha falar de racismo.. porque o prefeito feio, "entre aspas", vamos colocar assim? Não! Porque tudo que é bonito é exaltado. Cé tá entendendo? Tudo o que é bonito é exaltado", diz a professora. E ela continua: "Se fosse... A gente acha que é preconceito, por exemplo, gordo: gordura é feio. Tem pessoas mulatas que são bonitas, tem uns negros muito bonitos, mas você vai ver os 'traço' não ajuda, o cabelo não ajuda, entendeu? Então assim... 'cê' tem isso daí.. o deficiente, a pessoa que é deficiente, é bonito cê ver uma pessoa deficiente?", disse no trecho que circula nas redes sociais. Professora investigada por falas racistas em sala de aula é suspensa preventivamente em MG Reprodução/EPTV Devido ao retorno da professora, por se recusarem a entrar na sala de aula, estudantes estavam precisando assinar uma lista declarando que a ausência implicará na frequência. A volta da professora antes da conclusão do inquérito havia deixado alunos e pais de estudantes indignados na cidade. Investigação do caso O delegado Adnan Cassioano Grava, responsável pelas investigações, informou que até o momento já foram ouvidas 23 pessoas. Segundo ele, a professora deve ser ouvida esta semana. A Secretaria de Estado de Educação informou que a Superintendência Regional de Educação de Poços de Caldas esteve em Muzambinho e elaborou um relatório de inspeção. O documento foi encaminhado para o Núcleo Correição Administrativo, em Belo Horizonte, que vai investigar a conduta da professora. A secretaria reforçou que não compactua com possíveis ilícitos e que práticas discriminatórias são atitudes graves que violam os direitos humanos, a constituição e outras leis que tratam do respeito ao outro e a igualdade entre todos. Veja mais notícias da região no g1 Sul de MinasFONTE: G1 Globo