Setembro Amarelo: saiba onde procurar ajuda psicológica gratuita nas maiores cidades do Sul de MG
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Setembro é considerado o mês de conscientização e prevenção ao suicídio. “Falta de Deus”, “frescura”. Certamente quem sofre de algum problema de saúde mental já ouviu estas expressões da boca de pessoas conhecidas ou até desconhecidas. Entretanto, ao contrário disso, a depressão é uma doença e, assim como qualquer outra, precisa de tratamento. Mas onde procurar ajuda?
📲 Participe da nossa comunidade e receba no WhatsApp notícias do Sul de MG O mês de setembro é voltado para a prevenção ao suicídio. Minas Gerais, de acordo com os dados do “Sistema de Informação sobre Mortalidade” da Secretaria Estadual de Saúde, registrou 795 suicídios consumados até 31 de julho de 2023. No Sul de Minas, são 181 casos. Campanha Setembro Amarelo tem o intuito de prevenir e conscientizar sobre o suicídio no Brasil. shutterstock Onde procurar ajuda? Diferente de um machucado ou algo físico, a doença mental não é visível. Isto faz com que, muitas vezes, os sentimentos destas pessoas sejam invalidados. Em todas as cidades há psicólogos e psiquiatras da rede particular, mas o SUS também oferece ajuda para as pessoas que precisam dar uma atenção especial para a saúde mental. Os pacientes podem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), o CRAS e o CVV. Entenda como ter vida saudável, acolhimento e ajuda podem prevenir suicídios: 'Validar sentimentos' GETTY IMAGES/BBC Veja onde pedir ajuda nas maiores cidades do Sul de Minas: Poços de Caldas: Os moradores de Poços de Caldas podem procurar ajuda nos CAPs. A cidade conta com três unidades de Centros de Atenção Psicossocial. Não é necessário encaminhamento por outros serviços ou agendamento para o primeiro atendimento. CAPS I: O Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil Despertar atende crianças e adolescentes com até 17 anos,11 meses e 29 dias. Ele está localizado na Avenida Doutor Davi Benedito Ottoni, n° 794, Jardim dos Estados. Telefones: 3697- 2223/ 98403-4548; CAPS II: O Centro de Atenção Psicossocial– Girassol é um serviço destinado a pessoas a partir de 18 anos de idade que apresentam grave sofrimento mental, com um alto risco de ocasionar prejuízos em seus relacionamentos, sua saúde emocional ou mesmo sua saúde física. O CAPS II também realiza orientações e apoio aos familiares das pessoas em sofrimento grave e reuniões com outros serviços. | Endereço: Rua Ouro Preto, 156, Jardim dos Estados | Telefones: (35) 3715 9158 / 3697 2207 (enfermagem); CAPS AD: O Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras drogas (CAPS AD) é um serviço destinado ao cuidado de crianças, adolescentes e adultos com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. O Centro funciona de segunda a sexta, das 08h às 18h. | Endereço: Rua Paraíba, 200, Centro | Telefones: (35) 3697-2249 Pouso Alegre: Em Pouso Alegre, os moradores também podem procurar ajuda nos CAPs. A cidade conta com quatro unidades de Centros de Atenção Psicossocial. Não é necessário encaminhamento por outros serviços ou agendamento para o primeiro atendimento. CAPS AD: 3423-8526 CAPS Novo Caminho: 3449-4060 CAPS Saúde Mental: 3449-4391 / 3449-4061 De acordo com a prefeitura, no primeiro atendimento é preciso apresentar identidade, CPF e o Cartão do SUS (se tiver). Depois, o paciente será orientado se irá continuar o tratamento lá ou na unidade de saúde do bairro. CVV O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza oferece emocional e prevenção ao suicídio. O atendimento é voluntário e gratuito para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias (clique para acessar). O número do CVV é 188. No Sul de Minas, há uma unidade do CVV em Alfenas (MG). O centro está localizado na Rua Pedro Silveira, nº 70. O horário de atendimento diário é das 18h às 22h. O contato é também pelo 188. Sinais para procurar ajuda O g1 ouviu a psicóloga clínica Mariana Ferraz que faz palestra na região sobre saúde mental. Ela explicou que é preciso ficar atento aos primeiros sinais. “Eu acho que o primeiro start talvez seja na rotina mesmo. Quando eu deixo de querer, de optar a fazer coisas que me faziam bem em detrimento de ficar isolado, de ficar quieto. [...] As atividades que antes eram prazerosas, elas deixam ser. Eu começo a ficar desanimada, um sentimento muito grande de desesperança. Quando a gente se conhece, a gente começa a perceber. ‘Eu gostava tanto de jogar um futebol no fim de semana, hoje eu não quero mais levantar da cama'", explicou. A psicóloga explicou, ainda, a diferença entre ansiedade patológica e ansiedade considerada normal: “A ansiedade se torna disfuncional à medida que eu potencializo as pressões, por exemplo. Eu sei que eu vou conversar com você. Em vez de sentar e dar aquele friozinho na barriga diante do desconhecido, mas eu conseguir enfrentar e fazer, eu não conseguiria, por exemplo, ligar o computador. A ansiedade disfuncional me paralisa. Esses são os primeiros sintomas e ela pode crescer até virar transtorno de ansiedade. Geralmente a ansiedade está dentro da depressão, nem sempre uma pessoa tem a ansiedade está depressiva”, finalizou. Veja mais notícias da região no g1 Sul de MinasFONTE: G1 Globo