Zema diz que escolas cívico-militares continuam em MG mesmo após determinação de fim pelo governo federal
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
Nas redes sociais, o governador informou que a gestão será compartilhada com o Corpo de Bombeiros. Escola cívico-militar em Ibirité, na Grande BH
Reprodução/Google Street View Mesmo após determinação do governo federal de descontinuar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), o governador Romeu Zema (Novo) anunciou nas redes sociais que o projeto seguirá funcionando em Minas Gerais. A gestão dessas escolas será compartilhada entre a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) e o Corpo de Bombeiros (CBMMG). Segundo o governo de Minas, as nove escolas estaduais que aderiram ao programa têm, no total, cerca de 6 mil estudantes – uma está em fase de implantação. "A SEE-MG e o CBMMG já iniciaram as tratativas para a efetivação da gestão compartilhada nas nove escolas cívico-militares da rede estadual mineira, a partir do ano letivo de 2024. A ideia é que a parceria ocorra nos moldes do Pecim", informou o estado, em nota. Governo de Minas analisa fim do programa de escolas cívico-militares; veja lista das 17 instituições afetadas no estado Escolas cívico-militares: decisão do governo é pouco efetiva e não acaba com militarização, dizem especialistas Initial plugin text Programa Criado em 2019 durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o programa permitia que escolas públicas aderissem ao modelo cívico-militar, em que militares da reserva atuam como monitores no ambiente externo à sala de aula, disciplinando o comportamento dos alunos. Em Minas Gerais, 17 escolas que aderiram ao programa podem ser afetadas pela decisão da União. Nove delas são estaduais. Escolas estaduais de MG que aderiram ao modelo cívico-militar Apesar de representar uma parcela mínima das escolas públicas do país, em 2022, a verba federal prevista para o Pecim era de R$ 64 milhões. O valor é quase o dobro do montante listado para implantação do Novo Ensino Médio, que era de R$ 33 milhões. Especialistas ouvidos pelo g1 ressaltaram que faltam dados públicos que comprovassem a eficácia do programa. Não se sabe, por exemplo, detalhes sobre o desempenho dos alunos que frequentam essas escolas, o que permitiria traçar um paralelo com o período pré-militarização. Vídeos mais assistidos g1 MGFONTE: G1 Globo