‘Big techs’ poderão ser multadas se não combaterem deepfakes na União Europeia
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Código de conduta da União Europeia será atualizado como parte de campanha do bloco contra mentiras em redes sociais. Multas para empresas como Facebook, Google e Twitter poderão chegar a 6% do faturamento global. Logos de Facebook, Instagram, Twitter, Google, Snapchat e TikTok.
DENIS CHARLET/AFP A União Europeia poderá multar empresas como Google, Facebook e Twitter se entender que elas não estão agindo para combater deepfakes e contas falsas em suas plataformas. Segundo fontes da agência "Reuters", as multas poderão chegar a 6% do faturamento global das companhias. O código de conduta da Comissão Europeia sobre desinformação será atualizado na quinta-feira (16) como parte de uma campanha de combate à publicação de mentiras em redes sociais, afirmaram as fontes. O que é deepfake e como ele é usado para distorcer realidade 'Fui enganada e me apaixonei por um deepfake num app de namoro' O código, introduzido em 2018, é de execução voluntária e será parte de um esquema de corregulação, com responsabilidades compartilhadas entre autoridades e seus signatários. De acordo com as fontes, a atualização vai trazer mais exemplos de comportamento de manipulação, como "deepfakes" e contas falsas, que os signatários do código terão que combater. Deepfakes são falsificações hiper-realistas de imagens e sons criadas por técnicas computacionais e que têm deixado autoridades globais preocupadas principalmente quando são usadas em contexto político. O código será vinculado a novas regras mais rígidas da UE reunidas no "Ato de Serviços Digitais" aprovado pelos 27 países da UE neste ano. "Do Brexit à guerra russa contra a Ucrânia, ao longo dos últimos anos, redes sociais bem conhecidas têm permitido a disseminação de estratégias de desinformação e desestabilização e mesmo ganhado dinheiro com isso. A desinformação não pode continuar sendo uma fonte de receita", disse o secretário de Indústria da UE, Thierry Breton, que está liderando a campanha do bloco de países contra a publicação de mentiras na internet. "O melhor antídoto é cortar o financiamento. As plataformas não podem mais receber um único euro com a disseminação de desinformação. Desmonetização é um ponto importante do código de práticas contra a desinformação", disse ele.FONTE: G1 Globo