Casos de crianças manipuladas para produzir pornografia crescem 65%, diz relatório internacional

12 ago 2022
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Estudo produzido pela IWF revelou crescimento maior no grupo entre 7 a 10 anos de idade. Imagens são produzidas em webcams e celulares, para depois serem compartilhada em sites criminosos. Em números absolutos, a maioria das vítimas tem entre 11 e 13 anos de idade

Thinkstock/BBC

A pornografia infantil produzida por crianças de 7 a 10 anos de idade cresceu 65% em 2022, revelou um relatório internacional da IWF (Fundação de Monitoramento da Internet, traduzido do inglês).

Na maioria dos casos, as crianças são orientadas, enganadas ou até extorquidas para criar essas imagens.

Esse conteúdo criminoso é criado por meio de webcams e celulares, para depois ser compartilhado por meio de plataformas e sites.

Os autores do estudo flagraram 19.670 páginas da web com conteúdos dessa faixa etária no primeiro semestre deste ano. O número no mesmo período de 2021 foi de 11.873. Em 2020, houve a identificação de outras 4.277 páginas.

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Outras idades

Apesar do aumento expressivo entre o grupo de pornografias produzidas por crianças de 7 a 10 anos, o grupo entre 11 e 13 está na maior quantidade de páginas denunciadas.

São 146.911 relatos dessa faixa etária no primeiro semestre desse ano, o que representa aumento de 137% em relação a 2021. Veja abaixo os dados em cada idade:

Páginas com pornografia infantil por idade

Como foi feito o estudo

Esse conteúdo de abuso infantil chega à fundação através de denúncias anônimas ou também pelo trabalho dos pesquisadores.

A IWF é uma organização europeia, sediada no Reino Unido, e é o único canal de denúncias do continente com poderes legais para pesquisar de forma proativa esse tipo de conteúdo.

Os analistas da IWF são treinados para estimar a idade das crianças através de detalhes dos corpos, como comprimento dos ossos e características da parte genital.

As páginas são hospedadas em diversos países, que ainda não foram catalogados de acordo com a reincidência. Quando esses especialistas identificam o local de hospedagem do site, eles alertam os canais de denúncia, autoridades e possíveis parceiros naquele país para a remoção do conteúdo.

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Dicas para evitar

A IWF dá dicas para evitar que crianças sejam vítimas desses criminosos:

Fale com sua criança sobre o abuso sexual online e escute suas preocupações

Acorde regras básicas sobre a maneira como você usa a tecnologia em família.

Aprende sobre as plataformas e apps que sua criança ama. Tenha interesse na vida online dela

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FONTE: G1 Globo


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