Françoise Gilot, pintora e ex-mulher de Pablo Picasso, morre aos 101 anos

06 jun 2023
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A informação foi confirmada por sua filha ao jornal "The New York Times". Ela foi casada com o pintor por quase uma década e tiveram dois filhos. Françoise Gilot posa co suas pinturas em uma exposição em Milão, em dezembro de 1965

AP

Françoise Gilot, pintora e ex-mulher de Pablo Picasso, morreu nesta terça-feira (6), em um hospital em Manhattan, em Nova York. A informação foi confirmada por uma das filhas da artista Aurelia Engel. Segundo o jornal "The New York Times", Françoise estava lidando com doenças no coração e no pulmão.

Picasso e a artista, 40 anos mais nova, foram casados por quase uma década. Eles tiveram dois filhos, Claude e Paloma, e se separaram em 1953. Diferentemente das outras mulheres do pintor, ela continuou pintando e fazendo exposições de seu trabalho, além de escrever livros.

Quando se separaram, segundo Françoise, Picasso teria dito que as pessoas não se interessariam por ela. "Eles não se interessariam só por você. Mesmo que você pense que as pessoas gostam de você, vai ser apenas por uma curiosidade que elas têm sobre uma pessoa que tocou a minha vida tão intimamente", disse ela, segundo o jornal.

Em 1970, ela casou com Jonas Salk, um médico pesquisador americano que desenvolveu a primeira vacina contra poliomielite. Entre seus livros, ela escreveu "Minha vida com Picasso", ao lado de Carlton Lake, e publicado em 1964 e que se tornou best-seller mundial.

O livro não agradou o pintor, que cortou relações com ela e com seus dois filhos, Claude e Paloma. A publicação também foi a fonte de inspiração para o filme "Os amores de Picasso", com Anthony Hopkins no papel do pintor.

Suas obras de arte também tiveram sucesso. Seu trabalho pode ser visto no Metropolitan Museum of Art (Met) e no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York, e no Centre Pompidou, em Paris.

Em junho de 2021, sua pintura "Paloma à la Guitare" (1965), um retrato em tons de azul de sua filha, foi vendida por US$ 1,3 milhão (cerca de R$ 6,4 milhões na conversão atual) em um leilão online da Sotheby's. Isso superou seu preço recorde anterior, de US$ 695 mil (R$ 3,4 milhões na conversão atual), pago por "Étude bleue", um retrato de 1953 de uma mulher sentada, em um leilão da Sotheby's em 2014.

Em novembro de 2021, sua tela abstrata de 1977 "Living Forest" foi vendida por US$ 1,3 milhão (R$ 6,4 milhões na conversão atual) como parte de retrospectiva de seu trabalho na Christie's em Hong Kong.


FONTE: G1 Globo


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