João Bosco tem recuperado e editado em disco o show que fez em São Paulo há 45 anos
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Terceiro título da série 'Relicário', o álbum ao vivo sai em 16 de agosto com gravação realizada em abril de 1978 na turnê do quarto álbum do artista, 'Tiro de misericórdia'. João Bosco em imagens do show gravado em 23 de abril de 1978 no Teatro Pixinguinha, do Sesc Consolação, em São Paulo (SP)
Selo Sesc / Divulgação ♪ Em 23 de abril de 1978, João Bosco subiu pela 12ª e última vez ao palco do Teatro Pixinguinha – aberto em setembro de 1977 no segundo andar do Sesc Consolação, na cidade de São Paulo (SP) – para apresentar o show da turnê decorrente do quarto álbum do cantor, compositor e violonista mineiro, Tiro de misericórdia (1977), lançado em dezembro do ano anterior. A derradeira apresentação da temporada paulistana, estreada por Bosco em 30 de março daquele ano de 1978, foi gravada para efeitos documentais. O registro do show possibilitou a recuperação do show perpetuado em disco ao vivo pelo Selo Sesc como terceiro título da série Relicário. Aberta em abril com o álbum João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998 e prosseguida em junho com o (menos imponente) disco Zélia Duncan – Ao vivo no Sesc_1997, a série Relicário volta a ganhar relevo com a edição, em 16 de agosto, do álbum João Bosco – Ao vivo no Sesc_1978. Até porque trata-se do primeiro registro ao vivo de show feito pelo artista mineiro nos anos 1970, década em que Bosco foi projetado instantaneamente em 1972 a ponto de ter as músicas compostas com Aldir Blanc (1946 – 2020) gravadas em série por ninguém menos do que Elis Regina (1945 – 1982). Aliás, Aldir foi o diretor do show Tiro de misericórdia, mas, por se recusar a viajar de avião, foi substituído na função, no decorrer da turnê, pelo poeta e compositor Paulo Emílio (1941 – 1990). O álbum João Bosco – Ao vivo no Sesc_1978 reproduz 17 músicas do show em que João Bosco (voz e violão) dividiu o palco com a banda formada pelos músicos Chacal (1941 – 2011) (percussão), Darcy de Paulo (Fender Rhodes, arp strings e arranjos), Everaldo Ferreira (bateria), Moura (percussão) e Nilson Matta (baixo). Todas as 17 músicas do roteiro – dividido em quatro blocos temáticos que faziam a crônica social e política do Brasil da época – são assinadas por Bosco com Aldir Blanc em parceria apresentada em 1972. Cinco composições do roteiro inteiramente autoral – Bijuterias, Gênesis (Parto), Plataforma e Vaso ruim não quebra, além da música-título Tiro de misericórdia – vinham do álbum recém-lançado. Mas a maior parte das músicas, seis, era do disco comercialmente mais bem-sucedido de Bosco até então, Caça à raposa (1975), cujo repertório foi formado por sucessos como De frente pro crime (samba lançado por Simone em 1974), Dois pra lá, dois pra cá (bolero apresentado por Elis em 1974) e Kid Cavaquinho (samba veiculado originalmente na voz de Maria Alcina em 1974). Do álbum de 1975, Bosco também cantou a música-título Caça à raposa, Casa de marimbondo e Escadas da Penha. Do álbum Galos de briga, de 1976, Bosco rebobinou Incompatibilidade de gênios, Latin lover (bolero lançado por Simone em 1975), O rancho da goiabada e O cavaleiro e os moinhos (música apresentada por Carlos Walker em 1975). Boi (1973) – música do pouco ouvido primeiro álbum de Bosco, lançado há 50 anos – e Agnus sei (1972), composição inaugural que apresentara a parceria de Bosco com Aldir Blanc, completam o repertório eternizado no álbum João Bosco – Ao vivo no Sesc_1978. De fato uma relíquia, o terceiro disco da série Relicário chega primeiramente no portal Sesc Digital em 16 de agosto e, uma semana depois, em 23 de agosto, aterrissa nas demais plataformas de áudio. Capa do álbum 'João Bosco – Ao vivo no Sesc_1978', de João Bosco Divulgação / Selo SescFONTE: G1 Globo