Justiça dá 24h para Telegram entregar dados à PF, sob pena de ter o serviço suspenso no Brasil
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Polícia Federal quer que o aplicativo identifique grupos e pessoas suspeitas de incentivar ataques. Procurado pelo g1, o Telegram não havia se manifestado. A Justiça deu 24 horas para o Telegram repassar dados de grupos e de pessoas suspeitas de planejar ataques à escolas sob pena de suspender o serviço no Brasil. O pedido foi feito pela Polícia Federal (PF), que alega que o Telegram estaria se recusando a passar dados e informações que ajudariam na identificação destes grupos.
A PF afirma que o pedido foi feito "por motivo de segurança". A Justiça Federal deferiu o pedido nesta quarta-feira (19). Na decisão, foi concedido ao Telegram o prazo de 24 horas após ser notificado para repassar os dados requeridos pela PF. As informações solicitadas são de grupos, inclusive neonazistas, que estariam promovendo ódio e incentivando crianças a praticar atos violentos nas escolas. As operadoras serão oficiadas de decisão que suspende as atividades do Telegram no país. Procurado pelo g1, o Telegram não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. LEIA TAMBÉM: Saiba como funciona o Telegram Aplicativo Telegram Carlos Henrique Dias/g1 Após ataques em escolas de São Paulo e de Santa Catarina, o Ministério da Justiça aponta que 756 perfis em diferentes redes sociais foram retirados do ar por influenciar ou estimular ataques violentos nas escolas. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em 100 casos, houve pedido para que as redes preservassem o conteúdo desses perfis para abastecer investigações em curso. O presidente Lula se reuniu com ministros, governadores e chefes dos poderes Legislativo e Judiciário nesta terça, no Palácio do Planalto, para criar um "Conselho da Federação" que possa enfrentar essa e outras questões em âmbito nacional. No balanço do MJ, aponta que: 225 pessoas presas ou apreendidas; 694 adolescentes e adultos intimados a prestar depoimento em delegacias/ 155 buscas e apreensões; 1.595 boletins de ocorrência registrados; 1.224 casos em investigação – o que não significa 1.224 possíveis ataques, já que o número também inclui pessoas que estimularam ou divulgaram material criminoso ligado ao tema.FONTE: G1 Globo