‘Legado extraordinário’: famosos prestam homenagens a Carlos Lyra
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O cantor e compositor da bossa nova morreu aos 90 anos na madrugada deste sábado. "Um dos mestres da Bossa Nova": Fagner lamenta morte de Carlos Lyra
Personalidades da música e da política prestam suas homenagens ao cantor e compositor Carlos Lyra, um dos grandes nomes da bossa nova, que faleceu na madrugada deste sábado (16), aos 90 anos. O músico Roberto Menescal, parceiro de Lyra em "Benção, Bossa Nova", relembrou o título de "maior melodista da música brasileira" que o amigo recebeu de Tom Jobim. "[Lyra] é um grande compositor. É um cara diferenciado de muita gente, teve várias fases na vida dele", disse Menescal, em entrevista à GloboNews. Gilberto Gil usou sua página em uma rede social para dizer que Lyra "nos deixa com um legado extraordinário". O cantor afirmou que está "triste com a notícia da partida" e publicou um vídeo cantando a música "Saudade fez um Samba", de composição de Lyra e Ronaldo Bôscoli. O cantor Fagner chamou Lyra de um dos "mestres da bossa nova". "É triste, mas a idade chega, todos sabem, e está levando um dos gênios da música, além de uma pessoa adorável, irônica, muito à altura do pessoal da bossa nova", afirmou, à GloboNews. A deputada federal e baterista Jandira Feghali escreveu que o "Brasil amanheceu menos musical hoje" e destacou que Lyra "fez música para teatro e cinema e aplicou consciência social em diversas de suas canções". "Seu nome está escrito na história da Música Popular Brasileira, eternizada em clássicos como 'Você e Eu', 'Coisa mais Linda', 'Influência do Jazz', 'Maria Moita' e tantas outras. Obrigado por tanto, Carlinhos. Meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs", publicou Jandira. O ex-ministro da Cultura Roberto Freire destacou que Lyra foi "um dos mais importantes representantes do culturalmente belo e marcante da nossa nacionalidade, o movimento musical da bossa nova" e parafraseou uma de suas composições dizendo que "a saudade fará um samba em seu lugar". O jornalista e crítico musical Arthur Dapieve, em entrevista ao GloboNews, pontuou que o Lyra é um nome importante não só para a bossa nova, mas para toda a música brasileira, além de destacar a relação íntima que o compositor tinha com Copacabana (veja mais no vídeo abaixo). 'Ele buscava outras formas de música', diz Arthur Dapieve sobre Carlos Lyra Já o jornalista Chico Pinheiro classificou Lyra como um dos "maiores poetas da bossa nova" e relembrou que o músico foi ativista no Centro Popular de Cultura (CPC) durante a ditadura militar. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, publicou que "o que nos conforta um pouco é saber que sua vasta obra, de imensurável importância para a MPB, ficará para sempre como legado para as próximas gerações". Eduardo Paes, prefeito do Rio, disse que Lyra foi "fundamental na construção da identidade carioca e brasileira" e que suas composições marcaram várias gerações ao redor do mundo. "Que perda para a cultura brasileira", escreveu. A Prefeitura do Rio de Janeiro também prestou homenagem e, por meio de redes sociais, afirmou que "suas belas e marcantes composições seguirão encantando as próximas gerações". O que se sabe até agora A informação da morte de Carlos Lyra foi confirmada pela família. Segundo a mulher dele, Magda Pereira Botafogo, o compositor de 90 anos foi internado com um quadro de febre na quinta-feira (14) no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca. Após alguns exames, foi detectada uma bactéria. A causa da morte não foi confirmada. Ainda não há informações sobre o velório e o enterro. Autor de sucessos como 'Coisa mais linda', 'Minha namorada', 'Primavera', 'Sabe você' e 'Você e eu', Lyra era um dos melodistas mais inspirados da música brasileira em todos os tempos. Revelado em disco na voz de Sylvia Telles (1935 – 1966), cantora que gravou Menino em 1956, Lyra foi um dos compositores do movimento rotulado como bossa nova. Além de músico consagrado, o melodista carioca também desempenhou um papel fundamental na difusão da cultura brasileira. Lyra foi um dos responsáveis por fundar o Centro Popular de Cultura, o CPC, da União Nacional dos Estudantes, em 1961.FONTE: G1 Globo