Maria Luiza Jobim harmoniza Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes nos tons do álbum ‘Azul’
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Artista regrava 'Samba do Soho' no segundo disco solo em homenagem ao irmão Paulo Jobim, morto no ano passado. ♪ Segundo álbum solo de Maria Luiza Jobim, previsto para o segundo semestre, Azul é resultado da volta da filha caçula de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) ao Rio de Janeiro (RJ) e do consequente reencontro com o mar da cidade natal.
Quatro anos após Casa branca (2019), disco solo produzido por Alexandre Kassin e criado por Maria Luiza com inspiração na vivência na casa do bairro carioca Jardim Botânico em que morou com o pai até os 11 anos de idade, a artista retorna ao mercado fonográfico com álbum situado no tempo presente. “Veja agora tudo já mudou / E pra mim você é o tempo / Mais do mesmo pode ser tão bom / Se você é esse mesmo”, canta Maria Luiza em versos de O tempo, parceria da cantora e compositora com Felipe Fernandes e Lucas Vasconcellos que inicia a narrativa do álbum Azul. “Se Casa branca é minha origem, Azul é meu presente. É como eu atuo no mundo. O que eu quero e como ando. Voltei para mim depois da maternidade, cura, os apaixonamentos, os encontros e desencontros. A vida é luz e sombra o tempo inteiro. Blue e azul no universo das emoções querem dizer coisas opostas. Blue, em inglês, é estar triste e, em português, tudo azul é uma expressão de alegria. Essa dualidade numa mesma palavra traz a ideia de luz e sombra do disco”, conceitua a artista. Maria Luiza Jobim harmoniza músicas assinadas por Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes nos tons duais do álbum Azul. Calcanhotto é a parceira de Papais, autora da letra escrita a partir de melodia enviada em carta por Maria Luiza Jobim. Já Arnaldo Antunes é parceiro de Cezar Mendes em O culpado é o cupido, canção na qual pôs a voz grave em gravação que também tem o toque da guitarra de Dadi Carvalho. Quase 30 anos após ter debutado em disco na gravação do Samba de Maria Luiza, composto por Tom Jobim para o que seria o último álbum do compositor, Antonio Brasileiro (1994), Maria Luiza grava Samba do Soho (1987) em Azul como um réquiem para o irmão Paulo Jobim (1950 – 2022), autor da composição em parceria com Ronaldo Bastos. Paulo Jobim morreu durante o processo de criação de Azul, álbum encerrado por Maria Luiza com o canto em japonês de Nada sou sou (Ryoko Moriyama, Shimabukuro Masaru, Eisho Higa e Hitoschi Uechi, 2002). Capa do álbum 'Azul', de Maria Luiza Jobim DivulgaçãoFONTE: G1 Globo