Ministro da Justiça manda PF apurar site ‘Bolsonaro.com.br’, que reúne críticas ao presidente
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
Domínio era usado por apoiadores do governo, mas foi comprado por opositor em janeiro. Ministro cita 'ataque direto e grosseiro' e indica, na ordem à PF, possível 'crime contra a honra'. Site 'bolsonaro.com.br' na versão atual (esquerda), com críticas ao presidente, e na versão de 2021 (direita) com elogios ao governo
Reprodução O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou em uma rede social nesta quarta-feira (31) que acionou a Polícia Federal para apurar as publicações com críticas a Jair Bolsonaro publicadas no domínio "bolsonaro.com.br". O site viralizou nas redes sociais nesta semana porque o endereço passou a ser administrado por um opositor do governo. Com isso, o endereço digital – que já foi usado para apoiar Bolsonaro e traz o nome do presidente como parte da URL – se converteu em um espaço de críticas ao político. "Diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de um site, requisitei ao Diretor-Geral da PF a instauração imediata de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos", escreveu Torres na mensagem em rede social. O ministro da Justiça também publicou a imagem do documento enviado ao diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira. No ofício, Torres diz que as publicações no site "configuram, em tese, crime contra a honra do Senhor Presidente da República". O site – e as críticas a Bolsonaro – permaneciam no ar até a tarde desta quarta. O conteúdo inclui montagens com o rosto do presidente e candidato à reeleição pelo PL, associando-o a demônios e a Adolf Hitler. Em uma das páginas, o autor diz que o site é "uma galeria de arte digital e acervo jornalístico relacionado à família Bolsonaro". Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), o atual responsável pelo domínio é Gabriel Baggio Thomaz. Ele obteve o comando do site em 25 de janeiro deste ano, e tem até 25 de janeiro de 2023. A última alteração foi feita no último dia 11 de agosto. Registros recuperados na internet mostram que, pelo menos até 14 de abril de 2021, o site trazia conteúdos de apoio ao presidente.FONTE: G1 Globo