Procon-SP notifica Netflix por cobrança em compartilhamento de senhas
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
Órgão diz ter recebido muitas reclamações de consumidores e quer avaliar se nova política da empresa viola o Código de Defesa do Consumidor.
Netflix afirma que compartilhamento de senhas gera prejuízo à empresa Patrick T. FALLON / AFP O Procon-SP anunciou nesta quarta-feira (24) que notificou a Netflix pela nova política da empresa de cobrar um adicional de R$ 12,90 por mês de usuários que compartilham suas senhas da plataforma com outras pessoas fora de sua residência. GUIA: como funciona a nova cobrança pelo compartilhamento de senhas na Netflix Em comunicado, o órgão explicou o que busca com a notificação, enviada depois de receber diversas reclamações de consumidores sobre a gigante do streaming: entender o que a Netflix está anunciando aos seus assinantes; se a empresa está adotando um novo critério de cobrança e como funcionará este eventual novo sistema de acesso; outras informações relacionadas, para analisar possíveis infrações ao Código de Defesa do Consumidor. Como funciona A Netflix explica que o titular da conta pode adquirir um ponto extra por R$ 12,90 ou transferir o perfil da outra pessoa, que, por sua vez, terá que arcar com uma nova assinatura. "A conta Netflix deve ser usada por uma única residência. Todas as pessoas que moram nesta mesma residência podem usar a Netflix onde quiserem, seja em casa, na rua, ou enquanto viajam", explica a empresa. Senhas compartilhadas Em abril de 2022, a Netflix reportou uma perda de 200 mil assinantes entre janeiro e março daquele ano. Segundo a Bloomberg, em balanços trimestrais, foi a primeira vez que a gigante do streaming registrou resultado negativo nesse quesito desde 2011. Na época, a Netflix destacou o aumento da competição no segmento e apontou que tem perdido oportunidades de elevar o número de pagantes por conta de senhas compartilhadas. A empresa estima que 100 milhões de usuários desfrutam de senhas compartilhadas em todo o mundo. LEIA TAMBÉM: MP-SP pede informações ao Google sobre jogo que permitia torturar pessoas negras Autoridade de proteção de dados vai fiscalizar farmácias por uso excessivo de CPF e outras informações de clientesFONTE: G1 Globo