Sem bateria? g1 testa 4 celulares que duram o dia todo

25 ago 2023
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Smartphones da Motorola, Realme, Samsung e Xiaomi vêm com grande capacidade de carga e quase todos contam com carregadores velozes. Guia de Compras: teste de celulares com baterias de grande duração

Wagner Magalhães/g1

oDuração da bateria

Duração da bateria é um dos principais motivos que levam à escolha de um celular novo, com a esperança de o aparelho saia da tomada pela manhã com a bateria cheia e chegue até à noite sem entrar no "vermelho" da energia.

Para ajudar nessa busca, o Guia de Compras testou quatro modelos com alta capacidade de bateria, que duram o dia inteiro e mais um pouco.

Os smartphones também contam com recurso de recarga rápida: caso a energia do aparelho acabe, tem modelo que vai de 0 a 100% de carga em apenas meia hora ligado na tomada com o carregador original.

Os aparelhos avaliados foram:

Motorola G32

Samsung Galaxy M54

Realme 11 Pro+

Xiaomi Redmi Note 12 Pro

Os celulares comparados têm a capacidade na faixa de 5.000 mAH, com exceção para o da Samsung, o único com 6.000 mAH.

A capacidade energética significa quanto de energia a bateria fornece por quanto tempo. Ela é medida em miliampere-hora (maH).

Modelos intermediários e topo de linha contam com baterias entre 4.000 e 5.000 mAH, para efeito de comparação. Um iPhone 14 Pro tem 3.200 mAH de capacidade.

Celular em conta: g1 testa 5 modelos intermediários com 5G

Veja o resultado dos testes a seguir e, ao final da reportagem, a conclusão.

Motorola Moto G32

O Moto G32, da Motorola, é o celular com a maior duração de bateria na comparação com os outros aparelhos do teste: entre 16h49 e 17h31.

Durou quase uma hora à frente do segundo colocado, o Samsung Galaxy M54, e quase seis à frente do último lugar, o Xiaomi Redmi Note 12 Pro.

Nas lojas on-line consultadas em agosto, o celular era vendido por R$ 1.300, o mais barato da avaliação.

O maior desempenho da bateria se deve a diversos motivos, como a ausência da conectividade 5G, que consome mais energia, e uma configuração técnica mais simples em relação aos concorrentes.

O Moto G32 tem um processador mais lento (Qualcomm Snapdragon 680), uma tela de 6,5 polegadas com taxa menor de atualização (90 Hz, contra 120 Hz dos competidores) e apenas 4 GB de RAM.

O smartphone da Motorola vem com um carregador de 33W na caixa. Durante os testes com a bateria descarregada, ele atingiu 15% de carga em 15 minutos na tomada. A carga completa ocorreu em torno dos 100 minutos.

Realme 11 Pro+

O Realme 11 Pro+ não tem a maior duração de bateria do teste – ficou em terceiro lugar no comparativo, com duração entre 12h56 e 14h15 –, mas tem o carregador mais rápido, com 100W de potência.

Recarregar o celular da Realme é uma experiência interessante na comparação com os demais telefones do teste, por conta da velocidade.

Com 15 minutos na tomada, 67% da bateria já estava carregada – lembrando que o Samsung atingiu apenas 13% no mesmo período de tempo.

Com pouco mais de 30 minutos ligado ao carregador, o Realme 11 Pro+ estava com a carga completa.

A configuração técnica do Realme 11 Pro+ pode ser considerada "intermediário premium", com processador MediaTek Dimensity 7050, 12 GB de RAM, 512 GB de armazenamento interno (Motorola e Samsung têm 128 GB e Xiaomi, 256 GB) e uma tela de 6,7 polegadas.

O celular custava R$ 3.000 nas lojas da internet pesquisadas em agosto. Também é o modelo mais caro da avaliação.

Samsung Galaxy M54

O Galaxy M54, da Samsung, é o modelo com maior capacidade de bateria (6.000 mAH) e ficou em segundo lugar na avaliação atrás do Moto G32, com resultados entre 14h36 e 16h03.

O smartphone era vendido por R$ 2.200 nas lojas da internet pesquisadas no final de agosto.

O celular se encaixa na categoria dos intermediários, com uma tela de 6,7 polegadas, processador Samsung Exynos 1380 e 8 GB de RAM.

A grande capacidade da bateria é afetada pelo carregador mais lento entre os modelos do teste: o Galaxy M54 vem com um adaptador de apenas 15W na caixa.

Isso reflete em um menor tempo de carregamento geral: 13% da carga a 15 minutos, 53% em uma hora e duas horas na tomada para chegar à carga completa.

A marca vende um carregador mais rápido à parte, de 25W, que custava R$ 150 nas lojas consultadas.

Xiaomi Redmi Note 12 Pro

O Xiaomi Redmi Note 12 Pro é um smartphone intermediário com carregador bastante rápido, de 67W.

Nas lojas on-line consultadas em agosto, o Redmi Note 12 Pro custava R$ 2.800.

Seus resultados foram bastante parecidos com outro modelo da marca, o Redmi Note 12 (veja o teste), atingindo entre 10h42 e 15h23 de duração da bateria – algo pior que os demais em uma das avaliações e segundo lugar em outra.

Nas especificações técnicas, o modelo da Xiaomi traz um processador MediaTek Dimensity 1080, com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.

O carregador rápido de 67W deixou o Redmi Note 12 Pro em segundo lugar na recarga da bateria. Aos 15 minutos de tomada, completou 42% da bateria. Por volta dos 45 minutos, bateu os 100%.

Conclusão

Resumo da duração das baterias

QUAL DURA MAIS: Foram feitos dois testes de duração de bateria (veja como foram feitos) e o Moto G32 foi o mais avançado na avaliação com a tela na taxa de atualização máxima (quase sempre o padrão dos fabricantes), seguido por Galaxy M54, Realme 11 Pro+ e Redmi Note 12 Pro.

Com a tela a 60Hz, que economiza mais bateria, a ordem ficou em Motorola, Xiaomi, Samsung e Realme – os dois últimos com números bastante parecidos.

QUEM CARREGA MAIS RÁPIDO: O recurso de recarga veloz aumenta a velocidade para encher rápido o "tanque" de energia da bateria.

É a diferença entre levar 30 minutos para recarregar o telefone (Realme) ou duas horas (Samsung).

Aqui, os números importam: 100W no Realme, 67W na Xiaomi, 33W no Motorola e apenas 15W na Samsung, e quanto maior a potência, mais veloz a recarga.

Conforme maior a potência, também é maior o tamanho do carregador, como dá para ver na imagem abaixo.

Carregadores rápidos: Realme (100W), Xiaomi (67W), Motorola (33W) e Samsung (15W)

Henrique Martin/g1

Resumo do tempo de carregamento

Vale ressaltar que o recurso de carga rápida funciona com o carregador e celular de cada marca, utilizando o cabo fornecido pelo fabricante. Colocar o da Realme no celular da Xiaomi vai carregar, mas não a 100W, por exemplo.

MELHOR RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO: para quem procura um aparelho 4G básico com bastante bateria, o Moto G32 cumpre bem a função, sendo encontrado por R$ 1.300 ou menos nas lojas pesquisadas.

Para um aparelho 5G, o Samsung Galaxy M54 é uma melhor opção por R$ 2.200 – mas é recomendável comprar um carregador mais rápido, como o de 25W da própria marca.

Como foram feitos os testes

O Guia de Compras solicitou aos fabricantes celulares com as maiores capacidades de bateria disponíveis com 5.000 mAh ou mais.

A avaliação da bateria foi feita utilizando o aplicativo PC Mark, da UL Laboratories, que simula tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros.

O teste foi feito com as telas dos smartphones calibradas para 70% de brilho e com a maior taxa de atualização disponível (120 Hz para Samsung, Xiaomi e Realme e 90 Hz para o Motorola) e também a menor (60 Hz para todos).

A taxa de atualização mostra quantas vezes a tela "pisca" por segundo, gerando imagens mais fluidas e ajudando no desempenho de games mais pesados. Quanto mais rápida, ela também ajuda a consumir mais energia.

A bateria foi carregada a 100% e os testes rodaram por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido de forma automática e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos.

O resultado é uma estimativa de quanto aquela bateria pode durar longe da tomada. Na prática, o número da vida real pode ser distinto, já que não usamos o telefone de forma intensiva o tempo todo.

A medição do tempo de recarga foi feita utilizando o carregador original fornecido na caixa dos aparelhos. Os celulares estavam sem carga e desligados, com verificação da porcentagem de recarga a cada 15 minutos até completar a bateria.

Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.


FONTE: G1 Globo


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