Sonda japonesa que pousaria na Lua acelerou inesperadamente e provavelmente caiu, diz empresa
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ispace seria a primeira companhia privada a pousar na Lua, mas sonda perdeu a comunicação e estava ficando sem combustível, o que impediu o sucesso da missão. Simulação mostra sonda japonesa aterrissando na Lua
Reprodução A ispace disse nesta quarta-feira (26) que sua tentativa de fazer o primeiro pouso privado na Lua havia fracassado depois de perder a comunicação com a sonda de pouso Hakuto-R Mission 1 (M1). Segundo a empresa, o M1 acelerou inesperadamente e provavelmente caiu na superfície lunar. A ispace afirmou que era possível que o sistema de medição de altitude pode ter calculado mal a distância até a superfície, de acordo com a agência Reuters. "Aparentemente, entrou em queda livre em direção à superfície, como estava ficando sem combustível para acionar seus propulsores", disse o chefe de tecnologia da empresa Ryo Ujiie em uma coletiva de imprensa. Foi o segundo revés para o desenvolvimento do espaço comercial em uma semana após o foguete Starship, da SpaceX, explodir minutos depois de voar de sua plataforma de lançamento. Nenhuma empresa privada teve sucesso com um pouso lunar. Somente os Estados Unidos, a antiga União Soviética e a China conseguiram enviar robôs para a Lua, mas com o auxílio de governos. A Índia tentou anos depois, mas sem sucesso. Em 2019, a missão de uma empresa privada israelense também terminou em fracasso. O objetivo inicial da ispace era explorar a região lunar por alguns dias e, no futuro, trabalhar com o envio de cargas, inclusive da Nasa, a partir de 2025. O principal porta-voz do governo do Japão, Hirokazu Matsuno, disse que, embora fosse triste que a missão não tivesse sido bem-sucedida, o país quer que a ispace "continue tentando". O Japão, que estabeleceu uma meta de enviar japoneses astronautas para a Lua no final da década de 2020, teve alguns recentes contratempos. A agência espacial do país teve que destruir seu novo foguete H3 de médio porte ao chegar ao espaço após seu motor de segundo estágio não conseguiu inflamar. Outro foguete, o Epsilon, de combustível sólido, também falhou após o lançamento em outubro. A ispace informou que acredita no potencial da Lua para poder receber uma população de 1 mil pessoas em 2040, além de 10 mil visitantes por ano. Sonda japonesa faz imagem da superfície da luaFONTE: G1 Globo