Taylor Swift lança ‘1989 (Taylor’s Version)’: entenda por que cantora regrava os próprios discos
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Objetivo é recuperar os direitos sobre os seis primeiros discos. Álbum 'Fearless' sai em abril e faixa 'Love story' já foi divulgada, quase igual à original. Entenda briga em VÍDEO. Capa de '1989 (Taylor's Version)'
Divulgação Taylor Swift lança "1989 (Taylor's version)", regravação de um seus discos mais celebrados, nesta sexta-feira (27) — mais especificamente à 1h (horário de Brasília). Anunciado em agosto, este é o quarto álbum regravado pela cantora, lançado no mesmo dia do original com uma diferença de nove anos. O disco de 2014 rendeu à cantora o Grammy de Álbum do Ano, além de melhor álbum de pop vocal e melhor vídeo para a faixa "Bad Blood". Em novembro, Taylor faz seis shows no Brasil: 17, 18 e 19, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, e nos dias 24, 25 e 26, no Allianz Parque, em São Paulo. Por que ela planeja regravar os seus seis primeiros discos? Quando um artista leva suas músicas antigas ao estúdio, é normal criar versões diferentes, que mostrem algo novo. Afinal, não faz sentido ouvir a mesma pessoa cantar e tocar tudo do mesmo jeito. Mas, para Taylor Swift, a estratégia é copiar a si mesma. Ela está refazendo seus seis primeiros álbuns, um plano anunciado em 2019. É que a cantora não é dona das gravações dos seus seis primeiros discos. Os direitos eram da gravadora Big Machine. O contrato foi assinado quando ela tinha 14 anos, em 2004. A artista inexperiente tinha pouco poder d e barganha e as cláusulas eram generosas com a gravadora. A situação dela não é rara entre astros pop que têm pouco controle sobre os primeiros trabalhos por terem feito contratos parecidos. Mas o jeito que ela criou para tentar contornar isso é incomum e pode ter impacto na indústria musical — tanto que, em 2021, Ashanti também anunciou planos parecidos para seu primeiro disco. Quem é dono das gravações hoje? A Big Machine foi comprada por Scooter Braun, empresário de Justin Bieber, em 2019. Taylor Swift não se dá bem com ele, e já disse que sofria "bullying" de Braun, por isso ficou indignada quando ele passou a ser dono das suas gravações. A coisa piorou quando, um ano depois, Braun revendeu o catálogo de Taylor Swift para a Shamrock, empresa fundada por Roy E. Disney, sobrinho de Walt Disney, US$ 300 milhões. "Essa foi a segunda vez que minha música foi vendida sem meu conhecimento", ela lamentou. Os donos das gravações originais têm parte do lucro com o streaming e, principalmente, podem controlar uso em outras obras, mesmo que seja em um filme da própria Taylor. Por ser compositora, ela também tem poder de veto para certos usos e recebe parte da arrecadação. Uma cláusula do antigo contrato com a Big Machine deu a brecha para o projeto atual de Taylor: a partir do fim de 2020, ela ganhou o direito de regravar as composições registradas nos cinco primeiros álbuns. Com as novas gravações, ela recupera o controle total sobre sua obra, sendo autora e dona do novo registro em áudio. Agora, a luta vai ser convencer os fãs e os produtores de filmes e comerciais a ouvirem e usarem as novas versões. No final de 2019, o G1 explicou a briga, veja o vídeo abaixo: Semana Pop #64: Taylor Swift e seus empresários entram em guerraFONTE: G1 Globo